O policial militar da Bahia Joanilson da Silva Amorim, de 33 anos, foi morto por engano ao ser confundido com criminosos durante uma ação da Polícia Civil de Pernambuco em Petrolina, Sertão do Estado, no início da noite de segunda-feira (13). Em nota, a corporação pernambucana informou que um inquérito foi instaurado para investigar “as circunstâncias da operação que levaram ao óbito”.
Joanilson estava à paisana e foi atingido por três tiros – sendo um na cabeça, outro no braço e o último na perna. Ele era lotado na 75ª Companhia Independente da Polícia Militar, instalada em Juazeiro, cidade do norte da Bahia vizinha à Petrolina.
De acordo com o jornal baiano A Tarde, o policial estava de folga na casa onde morava, no bairro de Jardim São Paulo, em Petrolina, e teria sido chamado por vizinhos para ajudar na captura de suspeitos que fugiram após invadirem um imóvel na área. O policial foi então confundido com os criminosos.
Segundo a Polícia Civil de Pernambuco, Joanilson usava uma camisa de “cor semelhante” à do homem que era perseguido – estava em curso uma operação policial de repressão ao narcotráfico. O policial baiano apareceu armado e foi “confundido e alvejado em situação característica de legítima defesa putativa, quando há a percepção de risco iminente”.
O policial militar foi, então, socorrido e encaminhado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para o Hospital Geral de Trauma de Petrolina. Na unidade de saúde, ele não resistiu aos ferimentos provocados pelos tiros e morreu.
Para investigar a morte de Joanilson durante a operação, a Polícia Civil designou um delegado especialmente para “apurar os fatos com rigor e isenção”. Em nota oficial, a chefia geral da corporação pernambucana informou que o inquérito também investiga os dois suspeitos presos na operação, com uma moto roubada e uma pistola calibre 9 mm com numeração suprimida.
“A Corregedoria Geral da SDS também foi acionada e abriu investigação preliminar para investigar a atuação policial no âmbito disciplinar”, afirmou a Polícia Civil de Pernambuco.
“É importante ressaltar que a Polícia Civil de Pernambuco atua de forma técnica e profissional buscando sempre a preservação da vida. Um levantamento do Pacto pela Vida mostrou que, desde 2007, a Polícia Civil desencadeou 563 Operações de Repressão Qualificada, resultando em 6.385 prisões. Em nenhuma dessas operações, que envolvem planejamento, uso da inteligência policial, maior efetivo e recursos, houve confrontos, tampouco mortes de policiais ou suspeitos”, reiterou a corporação.
Joanilson era casado e deixa uma filha de dois anos. De acordo com a Polícia Militar da Bahia, local e horário de sepultamento serão definididos pela família.
“É com profundo pesar que a Polícia Militar da Bahia (PMBA) lamenta o falecimento do soldado Joanilson da Silva Amorim”, afirmou a corporação baiana em nota enviada à reportagem.
Folhape
