PPS ainda não definiu posição nas eleições de 2018

Folhape

O mapa da eleição majoritária no Estado de Pernambuco começa a se desenhar. Na próxima segunda-feira (11), líderes de oposição estarão presentes no evento “Pernambuco quer mudar”, que será realizado no Arcádia Paço Alfândega – como a Folha de Pernambuco divulgou, com exclusividade, no último sábado – para debater uma aliança de oposição à candidatura de Câmara. O encontro, que irá reunir líderes pernambucanos, entretanto, não contará com a presença do ministro da Defesa, Raul Jungmann (PPS), que desde o início da semana cumpre agenda nos Países Árabes.

O evento deve servir, principalmente, para os políticos traçarem suas alianças e fortalecerem suas pré-candidaturas. Os ministros de Minas e Energia, Fernando Filho (sem partido) e da Educação, Mendonça Filho (DEM); os senadores Armando Monteiro (PTB) e Fernando Bezerra Coelho (PMDB) e o ex-ministro das Cidades, o deputado Bruno Araújo (PSDB), são presenças já garantidas.

A ausência de representantes do PPS, neste evento, se deve à indefinição do partido. A posição do PPS para as próximas eleições, tanto majoritárias quanto proporcionais, ainda não está definida. O partido integra a base do governo Paulo Câmara desde as eleições, em 2014, mas admitiu que só vai conversar com o governo sobre o assunto no ano que vem.

Segundo o presidente do PPS- Recife, Felipe Ferreira, o partido preferiu adiar as decisões para 2018 para ter tempo de discutir e avaliar o cenário político. “O nosso congresso estadual, que deveria acontecer em novembro foi remarcado para fevereiro para ganharmos tempo. Ainda não nos reunimos para debater o assunto e por isso não temos um direcionamento” disse.

Mesmo que a corrida eleitoral só possa ser oficializada em março, desde agosto desse ano as pré-candidaturas já começaram a ser lançadas. Apesar de ser um dos partidos que compõem a base governista, adiar a convenção e, ao mesmo tempo, não integrar ao projeto de oposição demonstra a indecisão do partido em assumir um lado. Ainda de acordo com o presidente municipal, o PPS vai continuar integrando o governo até o ano que vem. “Não formalizamos nenhum apoio a oposição, devemos integrar a base do governo até o final do mandato de Câmara. Mas sobre os apoios nas eleições a gente só vai discutir em 2018”, pontuou.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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