Prática estimula gosto científico dos estudantes, diz especialista

Durante o pior momento da crise sanitária mundial provocada pela Covid-19, sobretudo enquanto todos aguardavam ansiosos por uma vacina, ficou comum ouvir e ler por aí pessoas saudando o SUS (Sistema Único de Saúde no Brasil) e dando Vivas à Ciência. Para isso se tornar de fato uma realidade, porém, é preciso que as novas gerações se interessem pelos estudos das disciplinas científicas. Em ambiente escolar, além da teoria dos livros, é preciso trazer o assunto para a prática, diz a professora de Física do Colégio GGE, Kelly Camargo, coordenadora do projeto Experimentando, no ensino fundamental.

“Ao realizar experimentos em grupos, eles não apenas aplicam os conceitos aprendidos em sala de aula de maneira prática, mas também desenvolvem habilidades essenciais como trabalho em equipe, pensamento crítico e capacidade de investigação científica. Isso prepara os alunos não apenas academicamente, mas também os equipa com competências vitais para o sucesso fora da escola”, comenta.

O Experimentando integra práticas de laboratório com os conteúdos teóricos apresentados nos livros didáticos. Desde o ensino infantil até o médio, os alunos participam de atividades que buscam solidificar sua compreensão teórica por meio da experimentação.

“Acreditamos que o aprendizado eficaz ocorre quando os estudantes estão ativamente engajados na matéria, explorando conceitos e teorias com as próprias mãos”, afirma ela, que também coordena o STEAM, que usa Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática como pontos de acesso para guiar a investigação, tendo como base a cultura Maker. O foco, no fim, é formar não só estudantes mais informados, mas cidadãos questionadores e preparados para o futuro.