O secretário de Saúde, Anderson Torreão, explicou que o combate ao mosquito Aedes Aegypti tem que ser com a ajuda de todos. A fala aconteceu na manhã desta segunda feira (07)durante a apresentação do plano municipal de estratégia para acabar com os focos transmissores em Bezerros.
Torreão falou sobre a situação de Bezerros em relação a proliferação das doenças transmitidas pelo mosquito. Segundo os dados da secretaria de Saúde, alguns bairros apresentam alto índice de infestação, entre eles, Gameleira, São Pedro, Nossa Senhora Aparecida e Irmã Júlia. Nessa localidade o trabalho dos agentes de endemias deve ser intensificado.
Quanto a situação dos profissionais de combate ao mosquito ele explicou que o município conta com 46 agentes, mas apenas 21 são mantidos com recursos do Ministério da Saúde. “O Governo Federal em uma ação irresponsável disse que o município só necessita de 21 agentes de endemias. Num período como esse, de tanta gravidade, temos que arcar com a despesa dos demais para dar conta do trabalho”, falou.
O plano de ação será executado através de um comitê gestor elaborado com membros das secretaria de Saúde, Educação, Desenvolvimento Social, Infrastrutura e Gabinete, para isso, foram traçados três eixos que incluem entre as principais ações: ampla divulgação através das redes sociais, rádios, blogs e site oficial da Prefeitura de Bezerros, palestras nas escolas e conscientização de alunos e educadores e mutirões de limpeza. “Precisamos da ajuda de todos nesse combate, só assim para acabar com o mosquito e os focos em Bezerros”, disse Anderson. Paralelo a isso, haverá capacitação e reciclagem dos profissionais que atuam diretamente no combate ao mosquito e atenção especial às mulheres grávidas com acompanhamento de pré natal através da mobilização das equipes do Núcleo de Apoio a Saúde da Família (NASF).
Em relação a incidência de microcefalia, Anderson Torreão confirmou que existem três casos suspeitos na cidade. Todos eles aguardam confirmação através de exames realizados em hospitais do Recife. Ainda no plano, ele reforçou que não há motivo de alarde entre as mulheres. “Não existem a recomendação para não engravidar, isso deve ser um decisão da família. O que recomendamos é a continuação do pré natal normalmente, evitar bebidas alcoólicas, fumar e usar drogas e o uso de um repelente adequado com recomendações para gestantes.
Boatos na rede
As redes sociais funcionam como canal fundamental na difusão de informações para ajudar a combater o mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika, mas ultimamente algumas postagens estão confundindo as pessoas com mentiras e mensagens equivocadas. Isso tem ocorrido com frequência no facebook e whats app através de vídeos e áudios. Anderson Torreão explicou que é preciso verificar fontes confiáveis para saber mais sobre essas doenças ou procurar o posto de saúde mais próximo para tirar as dúvidas com um profissional.