O gás de cozinha teve o quarto e maior reajuste do ano autorizado pela Petrobras. Desde a terça-feira (6), a estatal está vendendo o botijão de 13 quilos com aumento de 8,5%. Na ‘porta da empresa’, o gás liquefeito de petróleo (GLP) passou de R$ 23,10 para R$ 25,07. Em cima disso, ainda se somam os impostos e os custos com a distribuição do produto e com a revenda.
Em Caruaru, alguns revendedores já estão praticando o aumento. “Hoje (7), estamos vendendo o gás por R$ 65, tanto à vista como no cartão, mas, amanhã, este preço receberá um acréscimo entre R$ 5 e R$ 8. Estamos avaliando ainda”, disse Romero Silva, do Disk Gás e Água.
Já Diego Rocha, da Turbo Gás e Água, não irá repassar o reajuste para o cliente. “Prefiro assumir o reajuste e ter a venda certa, mesmo com um lucro menor, do que não vender”, afirmou. Na sua empresa, o valor do gás é de R$ 65.
O aumento está deixando consumidores preocupados, principalmente aqueles que utilizam o gás para comercializar os seus produtos. “Não sei aonde vamos parar. Gasto uma média de três botijões por mês para vender pastéis e coxinhas. As vendas já não estão boas e, se aumentar o preço dos meus produtos, aí é que não vou vender mesmo”, afirmou José Carlos da Silva, que tem uma barraquinha no Parque 18 de Maio.
A Petrobras, que avalia os preços do GLP trimestralmente, explica que “a desvalorização do real frente ao dólar e as elevações nas cotações internacionais do GLP foram os principais fatores para a alta”. Para essa conta, a empresa usa como referência a média dos preços do propano e butano comercializados no mercado europeu, acrescida da margem de 5%.
Economizando
Ninguém consegue deixar de cozinhar, então o jeito é tentar o gás mais em conta. Olhar o site da Agência Nacional de Petróleo (www.anp.gov.br/preco), que pesquisa o preço do GLP semanalmente, pode ser um bom jeito de achar o produto que não seja clandestino e barato. Outra opção é retirar na revendedora, que dá uma diferença de 30%.