A Prefeitura de Bezerros decretou estado de emergência em saúde pública no município em decorrência das arboviroses (dengue, chikungunya e Zika vírus). A medida segue o exemplo da Organização Mundial da Saúde e dos Governos Estadual e Federal, visando dar maior flexibilidade e autonomia à Secretaria de Saúde, além de direcionar recursos específicos para a aquisição emergencial de insumos, serviços necessários ao combate da epidemia e contratação de mais recursos humanos.
O decreto entrou em vigor este mês de Fevereiro e tem vigência de 90 dias podendo ser prorrogado por no máximo 180 dias. Mesmo com decisão, a secretaria de Saúde já vem apresentando ações de combate aos focos do mosquitos Aedes Aegypti, entre elas a elaboração e lançamento em audiência pública do plano emergencial de combate ao Aedes; criação do Comitê Municipal de Monitoramento do Plano, com representações das verias secretarias municipais envolvidas nas ações intersetoriais de promoção e prevenção; realização de vários mutirões em áreas com elevado número de casos (cidade e zona rural) e intensificação das ações de fumacê portátil (BV leve) em Bairros periféricos e que apresentam alto índice de infestação.
Outras medidas também foram adotadas após a publicação do decreto, tais como parceria com a Secretaria Estadual de Saúde para aplicação do carro fumacê; distribuição gratuita de mais de 3000 peixes da espécie guppy que se alimenta da larva do mosquito; parceria com as Forças Armadas, representada por 10 militares que atuaram no município e ampliação do número de profissionais disponíveis para o atendimento à população na UMSJ e aumento na aquisição de materiais e medicamentos.
Mesmo com essas medidas, a secretaria de Saúde de Bezerros vai lançar a partir desse mês de Março mais três projetos: Implantação de uma central informatizada de monitoramento dos focos do Aedes aegypti, que funcionará com a utilização de aparelhos portáteis usados pelos Agentes de Endemias que registrarão por foto ou vídeo os locais atingidos, determinando sua localização no mapa on-line do município, permitindo que a Secretaria de Saúde possa planejar ações mais específicas em bairros com maior incidência. Esse projeto será iniciado em uma fase “piloto”, envolvendo 10 agentes de endemias e será posteriormente avaliado sobre sua efetividade/impacto, visando sua possível continuação; Monitoramento por drones, que auxiliarão na detecção de reservatórios que representem uma ameaça à população e Descentralização dos atendimentos da UMSJ, a partir da criação de uma unidade ambulatorial de reforço, cuja intenção é “desafogar” os horários de pico do pronto-atendimento municipal. Esta unidade funcionará próximo à UMSJ, para onde serão direcionados os casos mais leves e que podem ser resolvidos inicialmente com orientação e prescrição médica (sem necessidade de observação/internação). “São ações que deposita-se uma esperança importante no combate a essa epidemia e suas consequências”, disse o secretário da pasta Anderson Torreão.