Prejuízo com depredação e roubo chegam a R$ 3,2 milhões

Mesmo localizada quase que, totalmente, no espaço subterrâneo, a rede coletora de esgoto também é alvo de vandalismo. As partes aparentes da rede coletora, que são as tampas de poços de visita e das caixas de inspeção, instaladas nas ruas e calçadas – e por onde se faz as inspeções na rede e a manutenção do sistema de esgotamento sanitário – são constantemente depredadas ou roubadas. Por mês, são substituídas cerca de 500 tampas desses equipamentos na Região Metropolitana do Recife, um custo de quase R$ 270 mil, incluindo os gastos com a instalação e mão de obra. Se for considerado o período de um ano, esses custos chegam a R$ 3,2 milhões. Os números foram levantados pelo Programa Cidade Saneada, a Parceria Público Privada entre a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) e a BRK Ambiental, que faz a manutenção dos sistemas operados na RMR. Além dos prejuízos, esses equipamentos depredados representam um risco iminente de acidentes para pedestres e veículos.

Boa parte dessas ações de vandalismo foram registradas nas áreas mais afastadas dos centros urbanos, nos bairros periféricos e com menos circulação de pessoas. No entanto, os bairros ‘campeões’ das ações para troca de tampa de poços de visita e caixas de inspeção são Brasília Teimosa, Afogados e Santo Amaro, no Recife. “A substituição das tampas gera um custo significativo, que poderia ser revertido para a modernização e ampliação do sistema de esgotamento sanitário da RMR. Em alguns trechos ainda é necessária a pavimentação no entorno das tampas em decorrência do vandalismo”, informa a gerente operacional da Compesa, Noélia Lopes, pontuando que a responsabilidade pelo uso correto das redes, seja de água ou esgoto, também é da população, cabendo às concessionárias a manutenção preventiva e corretiva dos sistemas.

De acordo com a gerente, estão sendo realizadas ações para minimizar essas ocorrências, tendo em vista que os serviços de manutenção preventiva e corretiva seguem rigorosos critérios exigidos pela Compesa e são balizados por indicadores internos. “Para a questão do roubo, estamos substituindo as tampas depredadas por tampas de ferro fundido com uma trava antifurto, impedindo a abertura manual e indevida”, informa Noélia Lopes. Nesses casos, apenas a utilização de uma chave específica permite o destravamento da tampa.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *