Pressão nas ruas mostra a Bolsonaro que ele acabará como Macri, diz Humberto

Brasília – DF, 13/08/2019. Senador Humberto Costa, líder do PT no Senado, durante discurso no plenário do Senado. Foto: Roberto Stuckert Filho

Depois de participar dos protestos nas ruas de Brasília contra o desmonte da educação promovido por Bolsonaro, o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), declarou que os grandiosos atos registrados no país inteiro na terça-feira (13) são apenas uma pequena mostra do rastilho de pólvora que já corre por todo o Brasil.

“Se o governo não começar a trabalhar em favor dos brasileiros, o país explodirá brevemente. Ou trabalham e mudam essa política de esmagamento de direitos ou, muito em breve, Bolsonaro vai fazer coro com o presidente da Argentina, Mauricio Macri, que, ontem, chorou depois da surra histórica levada nas primárias argentinas”, afirmou.

Para Humberto, a política econômica adotada pela gestão Macri é exatamente a mesma que Bolsonaro está aplicando aqui no Brasil. Segundo o parlamentar, o povo não é bobo: na hora certa, vai responder ao presidente brasileiro assim como os argentinos responderam por lá.

De acordo com o senador, há uma imensa união dos mais diversos setores sociais em protesto contra o governo, que tem levado o país ao abismo, a uma recessão e a um quadro de desemprego que não consegue solucionar.

“E, agora, vem o ministro da Economia, Paulo Guedes, pedir um ou dois anos de trégua a essa gestão inoperante e incompetente, cujo chefe mentiu aos brasileiros com a oferta de soluções que nós dissemos, desde o início, serem totalmente mentirosas. Não terão. Se baixarmos a guarda, daqui a dois anos, não sobrará nada do Brasil”, disparou.

Ele lembrou que o corte de R$ 1 bilhão na educação, anunciado na semana passada, está destruindo as bolsas de pesquisa e a educação básica e inviabilizando as instituições federais de ensino.

Humberto lamentou que essa última tesourada levou cerca de R$ 20 milhões somente de Pernambuco, onde a universidade federal foi obrigada a desligar os aparelhos de ar-condicionado porque não pode mais pagar a energia e só a Universidade do Vale do São Francisco, no Sertão do Estado, perdeu R$ 7 milhões.

“É uma crueldade com uma região tradicionalmente mais sofrida pelas condições climáticas e econômicas adversas. Eu fico imaginando como não deve estar o senador Fernando Bezerra Coelho, líder de Bolsonaro no Senado, ao ver o presidente cometer um ato de vilania dessa natureza com a universidade mais importante de Petrolina, sua cidade natal, e uma das mais importantes de toda a região do Vale do São Francisco. Que constrangimento”, comentou.

O líder do PT no Senado prometeu um combate diário no Congresso Nacional e na rua para externar as contradições, os desmandos e os desmantelos “desse governo de néscios, que nada faz a não ser jogar o País no caos”.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *