O custo de vida continua a cair para o brasileiro. Em abril, a prévia da inflação oficial, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15), avançou e ficou em 0,21%. A taxa é a mais baixa para o mês desde 2006, quando o indicador marcou 0,17%. Os dados foram divulgados semana passada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado marca, também, a acomodação do índice dentro dos parâmetros do Banco Central, que persegue uma meta de inflação de 4,5%, podendo variar 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Nos últimos 12 meses, a taxa ficou em 4,41%, menor variação nessa base de comparação em sete anos.
Já no acumulado do ano, o resultado de abril ficou em 1,22%, bem abaixo dos 3,32% registrados no mesmo período do ano passado.
Entre os grupos que formam o IPCA-15, o principal influenciador do mês foi o de alimentação e bebidas, que variou 0,31% diante da alta nos preços do tomate (+30,79%) e da batata-inglesa (+11,63%). O impacto desse item em abril foi de apenas 0,08 ponto percentual.
Em abril, contudo, as quedas mais intensas foram registradas nos grupos de transportes (-0,44%) e artigos residenciais (-0,43%). No primeiro, influenciou no resultado a queda nos preços de combustíveis (-2,77%) e, no segundo, a queda nos preços dos móveis (-0,71%).
Custo de vida menor
Com as reformas econômicas e a melhora dos indicadores de confiança, o custo de vida do brasileiro vem caindo sistematicamente nos últimos meses. No primeiro trimestre, por exemplo, a inflação oficial atingiu seu menor nível desde o início do Plano Real, em 1994.
Com isso, a expectativa no mercado financeiro é de que a inflação encerre o ano em 4,06%, bem abaixo da meta perseguida pelo Banco Central. Diante disso, a estimativa é que os juros estruturais da economia também caiam e fiquem em 8,50% ao ano em 2017.