Priscila Krause deve deixar o DEM para apoiar Raquel Lyra

A deputada estadual Priscila Krause está de malas prontas para deixar os Democratas, partido que é filiada desde seus 16 anos e que seu pai, o ex-governador Gustavo Krause, é um dos fundadores. Apesar de não ter confirmado oficialmente, nos bastidores sua saída já é certa. Há expectativa de que a ex-aliada do ex-ministro Mendonça Filho (DEM) pode se filiar ao PSDB, partido comandado estadualmente pela sua aliada de primeira hora, a prefeita de Caruaru, Raquel Lyra, que tem nome cotado para disputar o Palácio em 2022.

A sua saída começou a ser especulada após a chegada do prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, ao DEM, quando o sertanejo não só se filiou, como também lançou sua pré-candidatura ao Governo do Estado, rompendo o diálogo com o grupo da oposição liderado por Raquel e o prefeito de Jaboatão, Anderson Ferreira (PL). Na época, o nome de Priscila já era cogitado a ocupar a vaga de Senado na chapa majoritária liderada pela tucana.

Porém, a gota d’água aconteceu quando houve a fusão entre o DEM e o PSL. A deputada ficou tão incomodada que chegou a afirmar que a aglutinação dos dois partidos não era o que ela havia sonhado para os Democratas. Na última sexta-feira, 5, Priscila apareceu, pela primeira vez, publicamente ao lado do grupo da oposição, após a filiação de Miguel, deixando ainda mais evidente a sua saída do DEM.

Com o anúncio de desfiliação, Priscila não terá nenhuma amarra ao DEM e poderá acompanhar Raquel no Movimento Levanta Pernambuco, onde a oposição dialoga e faz um diagnóstico nos municípios do Estado para construir um projeto de governo. No entanto, Priscila só poderá trocar de partido em março, quando ocorrerá a janela partidária. 

Nesta segunda-feira, 8, o presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, rasgou elogios à democrata e ressaltou que Priscila é um dos quadros mais qualificados da política pernambucana.  

“Priscila tem um partido próprio dela, não há nenhum tipo de movimento nosso no sentido que não seja respeitar a maturidade e o momento dela e as discussões que ela venha a tomar. Priscila tem um partido próprio dela, não há nenhum tipo de movimento nosso no sentido que não seja respeitar a maturidade e o momento dela e as discussões que ela venha a tomar porque. Como eu disse, ela faz parte de um partido, um partido aliado relevante e, então, em relação a Priscila, a gente respeita o tempo e o movimento dela”, disse o dirigente nacional.

Folhape

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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