“Hoje é de R$ 9,00 o preço do megawatt/hora vendido pela CHESF. Mas o preço de mercado é de R$ 144. Isso mostra o interesse de grupos econômicos na privatização do Sistema Eletrobrás. Eles querem puxar o preço para cima, com base no “mercado” a fim de chegar ao lucro máximo possível. E a conta vai para a população, com aumento na conta de luz. Por isso somos contra a privatização da CHESF”, disse a deputada Laura Gomes, no ato de comemoração dos 70 anos da CHESF, do qual participou na manhã desta quinta, 15, no auditório da concessionária, no Recife, convidada como líder da Bancada do PSB na ALEPE.
Além do provável aumento da conta de luz, a deputada elencou duas outras razões para a posição contra a privatização da CHESF: o controle das águas do Rio São Francisco por empresas particulares, que não priorizam o interesse público, e a entrega de um setor estratégico para o Brasil a grupos estrangeiros com implicações até na segurança nacional. “Por último, não vejo legitimidade num governo federal cujo líder é rejeitado pela esmagadora maioria da população brasileira e é alvo de suspeitas fundamentadas de conduta criminosa”, disse.
A socialista foi a responsável pela primeira audiência pública na Assembleia contra a privatização do Sistema Eletrobrás, e também participa da comissão coordenadora da Frente Parlamentar contra a Privatização da CHESF. Ela criticou a oposição a Paulo Câmara, que é favorável à alienação do setor elétrico brasileiro à iniciativa privada: “Não se entende como nordestinos, ou pernambucanos, ainda mais ligados à região do São Francisco, defendam a entrega de um patrimônio histórico do nosso povo a grupos que nada investiram aqui e que só visam o lucro, de preferência sem limites”, atacou Laura Gomes.