Procon atendeu mais de 8 mil pessoas apenas no primeiro semestre

O Programa de Proteção e Defesa do Consumidor – Procon Caruaru, realizou um balanço dos atendimentos do primeiro semestre de 2016. No total foram realizados 8.127, entre 01 de janeiro e 30 de junho. O número foi quase o dobro do ano passado, quando, no mesmo período, 4.145 pessoas abriram reclamação. O acréscimo foi surpreendente, mas tem uma causa justificável. Este ano o Procon realizou o Multidão dos Endividados, quando foi dada a oportunidade de renegociação de dívidas junto a Celpe, Compesa, instituições financeiras e operadoras de telefonia. Em apenas uma semana de atendimento, realizada no mês de junho, 2.200 pessoas foram ao Procon.

O Procon faz parte do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor, segundo o artigo 105 da Lei 8.078/90, que consta no Código de Defesa do Consumidor. O órgão funciona como auxiliar do Poder Judiciário e o trabalho desenvolvido por meio dele é pela busca de solução, através de conciliação, para assegurar a cumprimento do Código nas demandas dos consumidores, fornecedores ou prestadores de serviços. O Procon também tem caráter preventivo e educativo, orientando o consumidor em suas reclamações, informando sobre seus direitos, fiscalizando as relações de consumo entre consumidor e fornecedor ou prestador de serviços, ou seja, está sempre alinhado para que se exerça, em sua total amplitude, a cidadania.

Assim como acontece todos os anos, os assuntos financeiros estão no topo das reclamações, com 4.265 atendimentos, neste segmento está incluso os 2.200 que foram do Mutirão dos Endividados. Em seguida aparecem os serviços essenciais, com 1.603 e em terceiro os produtos, com um total de 1.339 pessoas atendidas.

O Procon Caruaru se destaca no Nordeste, devido ao grande número de atendimentos e de resolutividade das reclamações, que este ano já chega a 98,10% dos casos. Segundo o diretor do Procon Caruaru, Adenildo Batista, o sucesso deve-se a constante busca pela harmonia entre as relações de consumo e repreensão a tudo o que esteja em desacordo com as normas legais. “Apesar de este ano ter havido este aumento de atendimentos, sabemos que a população ainda não tem a cultura de buscar seus direitos. Mesmo assim, ao identificar que ocorre um descumprimento à Lei do Consumidor, mesmo que não tenha reclamação em nosso atendimento, nós realizamos fiscalizações. É o caso da demora nas filas de bancos. Apesar de não haver incidência de denuncias aqui, nós sabemos que muitas instituições financeiras descumpre a regra. Por isso realizamos fiscalização periódica, onde tantas vezes já chegamos a constatar as falhas, autoar os responsáveis e até multar as empresas. Estamos atentos e disponíveis para as denuncias e para tudo o que conflite com o Código de Defesa do Consumidor”, acrescenta.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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