Parceiras no Programa Cidade Saneada, a Compesa e a Odebrecht Ambiental participaram de um workshop internacional promovido pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e pela Universidade Técnica de Braunschweig, da Alemanha. O evento aconteceu semana passada, com o tema: Wastewater treatment and reuse for metropolitan regions and small cities in Developing Countries, com foco no reúso e tratamento de águas residuárias.
Durante os três dias de evento, os cerca de 60 participantes – entre estudantes e pesquisadores – acompanharam palestras e mesas de discussão sobre o tema. Já o programa Cidade Saneada pôde ser visto de perto no último dia do evento, que foi iniciado com uma visita à Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Dancing Days, localizada no bairro da Imbiribeira, no Recife. Lá, foi possível conferir como funciona o processo de tratamento de efluentes realizado na unidade e conhecer o sistema de água de reúso. A ação foi conduzida pelo analista de saneamento Ricardo Luz, representante da Compesa. “A visita internacional foi bastante proveitosa e bem-vinda porque nos projeta para um intercâmbio de conhecimento com pessoas que possuem outras realidades e experiências de saneamento”, comenta Luz.
O dia continuou com as palestras da Compesa e da Odebrecht Ambiental, no hotel Transamérica Prestige, na avenida Boa Viagem, zona sul do Recife. O objetivo foi mostrar como funciona o Cidade Saneada, maior parceria público-privada (PPP) de saneamento do país, além dos marcos e resultados obtidos nos três anos de operação. Par dar início às apresentações, o diretor de novos negócios da Compesa e responsável pela PPP, Ricardo Barretto, falou sobre os investimentos realizados pelo programa, as responsabilidades dos parceiros no contrato, como está estruturada a PPP e o porquê desse modelo de gestão ter sido escolhido para tratar o esgotamento sanitário na Região Metropolitana do Recife e Goiana. “Pensamos em como fazer diferente. Em modelos de solução para avançar o público com o privado. E nasceu o programa Cidade Saneada. Entendemos, que é a solução ideal para mudar a realidade de nossa região”, destacou Barretto.
Os marcos operacionais do programa foram o foco da apresentação da Odebrecht Ambiental, conduzida pelo gerente de operações da unidade em Pernambuco, Rondinaldo Paiva. O destaque ficou com os números, já expressivos, obtidos nos três anos de operação do Programa, como: a recuperação de 1260 quilômetros de rede, o aumento da quantidade esgoto tratado – que praticamente triplicou – e a redução no número de solicitações para serviços de desobstrução, que passou de uma média diária de 113 para 64. “Quando recebemos esse desafio, a ideia inicial era tirar o esgoto da rua e fazer com que chegasse às estações de tratamento. À medida em que esse trabalho foi sendo feito, fomos ganhando a confiança do nosso cliente”, comenta Paiva.
Além dos pesquisadores, de instituições brasileiras e estrangeiras, que participaram do evento, também estavam presentes técnicos da Compesa, da Odebrecht Ambiental e da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), além de estudantes da área de saneamento. A ação foi organizada pelo Centro de Tecnologia e Geociências da UFPE, por meio do Laboratório de Saneamento Ambiental do Departamento de Engenharia Civil e Ambiental. Os responsáveis técnicos foram os professores Mario Kato e Lourdinha Florêncio, com a coordenação geral do professor Edmilson S. de Lima. “É muito importante contarmos com o apoio de empresas como a Compesa e a Odebrecht Ambiental para podermos divulgar o que está sendo feito em Pernambuco e mostrar as tecnologias utilizadas aqui”, pontua Lima.