Projeto da Compesa prevê aumento da oferta de água

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Os técnicos da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) finalizaram o projeto que prevê o aumento da produção de água para o abastecimento da Ilha de Fernando de Noronha. A melhoria do fornecimento de água será possível por meio da ampliação e modernização do sistema de dessalinização, ação que permitirá o tratamento de água do mar em quantidade suficiente para atender toda população da Ilha, somando residentes e turistas, até mesmo nos períodos de alta estação. A boa notícia foi anunciada ontem (28) pelo presidente da Compesa, Roberto Tavares, durante reunião na sede do Conselho Distrital. Para executar o novo projeto, a companhia prevê um investimento de R$ 22 milhões.

Agora a Compesa busca órgãos financiadores para captar recursos que possibilitem executar as obras. “Na reunião com os membros do Conselho Distrital, ratificamos a disposição do governador Paulo Câmara em continuar as melhorias na Ilha e vamos nos juntar ao administrador, Plínio Pimentel, e ao Conselho Distrital, somando esforços para conseguirmos os recursos de implantação desse projeto”, informou o presidente da Compesa, Roberto Tavares. “Tivemos dois dias muito produtivos. Visitamos todas as unidades de água e esgoto, e participamos da reunião do Conselho Distrital para nivelar ações que estão em andamento para melhoria da prestação dos serviços de saneamento em Fernando de Noronha”, acrescentou a diretora Metropolitana, Simone Albuquerque, que também participou da reunião e pontuou que ainda está previsto no projeto diminuir aproximadamente 30% do consumo de energia no sistema, o que significa uma redução acentuada do uso de óleo diesel por parte da Celpe.

O novo projeto vai permitir um incremento de 50% da oferta de água para Fernando de Noronha. De 48 mil litros de água por hora, a produção dos dessalinizadores aumentará para 72 mil litros de água por hora. Para ampliar a capacidade de produção do Sistema de Dessalinização, será realizada uma obra para instalação de novas tubulações de captação de água no mar, construção de uma nova estação de bombeamento, ampliação dos reservatórios de água salgada, além de implantar módulos dessalinizadores mais modernos, que permitem uma maior produção de água tratada. Hoje, o fornecimento de água para a população da ilha depende de dois sistemas, o de dessalinização e o de captação no Açude do Xaréu, além de uma pequena contribuição de quatro poços, e é realizado por meio do calendário de um dia com água para seis dias sem.

Além dos investimentos em água, várias ações para melhorar a confiabilidade dos sistemas de esgoto estão em andamento. “Ficamos contentes em ver as obras de drenagem que estão sendo feitas na Ilha, que vão diminuir a interferência das águas das chuvas em nosso sistema”, finalizou o presidente da Compesa.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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