Propaganda partidária: PT apostará em Lula e PMDB em reformas de Temer

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 A partir de março começa a ser transmitido na televisão o horário partidário obrigatório. As duas maiores legendas do país, PT e PMDB, vão investir em seus líderes para tentar se aproximar do eleitor e fortalecer as propostas para 2018.

Para contrapor a Lava Jato, o PT deverá usar a imagem do ex-presidente Lula em todas as suas propagandas estaduais até o meio do ano. De acordo com a coluna Painel, da Folha de S. Paulo, o objetivo do partido é acostumar a população com a ideia de que Lula será o candidato petista em 2018.

Recentemente, o petista disse que se o PT “recuperar o exemplo de ética que foi neste país, recupera com muita facilidade a credibilidade que conquistamos”. “É verdade que decrescemos, mas ninguém ocupou o espaço que a gente deixou.”

PMDB

O PMDB, por sua vez, investirá na imagem de Michel Temer como o protagonista do horário partidário. A legenda pretende vender a imagem de Temer como de um “reformista”, além de exaltar o saque das contas inativas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), vista como a medida mais popular da sua administração até agora.

As informações sobre o PMDB foram publicadas pelo repórter Pedro Venceslau, do jornal O Estado de S.Paulo, neste domingo (19). A propaganda partidária peemedebista será exibida 20 dias depois da liberação do primeiro lote do FGTS. A Caixa Econômica estima que 10 milhões de pessoas serão beneficiadas com a medida do governo.

A versão final do roteiro do programa eleitoral peemdebista precisará passar pela aprovação do senador Romero Jucá (RR), pelo ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco, além do próprio presidente Michel Temer.

Para aproximar o presidente da região Nordeste, onde Lula ainda é mais forte, o PMDB também vai apostar na transposição do Rio São Francisco. No campo econômico, a sigla vai apresentar um “pacote” de notícias positivas, que inclui a queda do dólar e do risco país e a inflação abaixo de 6%.

Natural do Rio de Janeiro, é jornalista formado pela Favip. Desde 1990 é repórter do Jornal VANGUARDA, onde atua na editoria de política. Já foi correspondente do Jornal do Commercio, Jornal do Brasil, Folha de S. Paulo e Portal Terra.