Em mais uma tentativa para destravar a federação, representantes do Partido dos Trabalhadores (PT), Partido Socialista Brasileiro (PSB), Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e Partido Verde (PV) se reúnem no próximo dia 9 para dar continuidade às negociações para formar unidade política. O novo encontro vai ter a finalidade de acertar as lacunas em aberto sobre as tratativas de regimento e funcionamento interno. As conversas vão ter continuidade mesmo que o impasse sobre os estados siga sem resolução. Inclusive, a questão passa por Pernambuco, uma vez que o partido petista deseja a vaga do Senado na chapa majoritária da Frente Popular comandada pelo PSB.
A última vez que os dirigentes nacionais estiveram reunidos foi no dia 27, no entanto, as negociações não andaram. A federação não poderá ser desfeita durante o período de quatro anos, o que torna a federação um bloco único inclusive durante as eleições municipais de 2024. Esta regra é vista como um problema extra nas costuras.
Cada vez mais inviável
Nos bastidores, petistas já começam a reconhecer que hoje é cada vez mais inviável que a federação ocorra por causa das divergências sobre candidaturas a governador em estados, como São Paulo, Rio Grande do Sul e Espírito Santo, e sobre como deverão ser escolhidos os nomes para disputar prefeituras em 2024.
Para uma fonte petista, a federação está caminhando para ser algo que vai ser entre PT, PCdoB e PV. Para petistas, as movimentações do PSB passam a ideia de que não querem a união das duas legendas e que ficou claro e inviabilizou após o episódio no estado da Paraíba, explica a fonte. “O PT filiou Ricardo Coutinho, que é ex-governador e senador, e o PSB filiou o atual governador, rompido com Ricardo”, declara.
“Na hora que o PSB filiou João Azevedo, inviabilizou um estado que acaba inviabilizando o resto. Em São Paulo, insiste na candidatura de Márcio França. Para nós eles podem ter candidatos, mas vamos ter Haddad”, concluiu.
Unidos em Pernambuco
O presidente estadual do PT, deputado estadual Doriel Barros, afirmou que as questões sobre a federação são discutidas em nível nacional e que Pernambuco não tem feito diálogo sobre o assunto e deixou claro que mesmo não havendo a federação, em Pernambuco, PT e PSB vão caminhar juntos . “Como o partido quer construir um projeto de Brasil, nós também estamos dispostos a abrir mão dessa possibilidade e somar junto ao PT nacional e outros partidos para construir uma grande bancada para que a gente possa dar sustentação ao projeto político”, completou.
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