Quebrando recorde, pernambucana Carol Santiago fatura seu terceiro ouro em Tóquio 2020

Em sua estreia paralímpica, a nadadora Carol Santiago vai deixar o Japão como uma das estrelas dos Jogos de Tóquio. Para confirmar esse status, a brasileira venceu a final feminina dos 100 metros peito da classe SB12 (para atletas com baixa visão), nesta quarta-feira (1), e agora soma três ouros nas Paralimpíadas. E, com o resultado, o Brasil agora tem 15 medalhas douradas na capital japonesa, superando os 14 ouros conquistados nos Jogos do Rio, em 2016.

Carol tem cinco medalhas em Tóquio. Ela já havia sido ouro nos 100m livre S12 e nos 50m livre S13, além de bronze nos 100m costas S12 e da prata no revezamento misto 4x100m livre 49 pontos.

Assim, Carol, que já havia sido responsável pelo primeiro ouro da natação feminina do Brasil em 17 anos, tem participação direta em outra marca relevante da modalidade. O país soma 20 medalhas na natação em Tóquio (seis de ouro, cinco de prata e nove de bronze), uma a mais do que as alcançadas no Rio-2016.

Na prova de hoje, Carol Santiago venceu com o tempo 1min14s89, novo recorde paralímpico. O pódio ainda teve a russa Daria Lukianenko (1min17s55) e a ucraniana Yaryna Matlo (1min20s31). Já Lucilene da Silva Sousa foi a quinta colocada, com 1min30s25.

A recifense, de 36 anos, representa o Grêmio Náutico União, de Porto Alegre, sendo que só recentemente entrou no movimento paralímpico. E em sua estreia no evento, vai deixar Tóquio como um dos grandes nomes do Brasil no evento.

Com 15 ouros em Tóquio, o Brasil vai atrás do recorde do país, estabelecido nas Paralimpíadas de 2012, em Londres, com 21 medalhas douradas. O número pode ser alcançado até o fim da competição no Japão, no próximo domingo (5). A delegação brasileira também já faturou 12 pratas e 20 bronzes em Tóquio.

Folhapress

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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