O SindusCon – SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo) divulgou nota na quinta-feira (27) em que demonstra otimismo com o crescimento do mercado imobiliário em 2018, devido à redução da taxa anual de juros básicos a um dígito.
José Romeu Ferraz, presidente o órgão, que é a maior associação de empresas do setor na América Latina, prevê que haverá uma maior queda na taxa de juros até o final do ano, que aumentará a atratividade das aplicações em Caderneta de Poupança, ampliando o acesso aos recursos de crédito imobiliário.
O Boletim Focus de junho previa taxa Selic de 8,5% para 2017 e 2018. O relatório de 14 de julho apontou expectativa de queda, com a Selic em 8%.
O anúncio gerou impacto imediato em vários players do mercado. O Santander, por exemplo, anunciou redução dos juros para crédito imobiliário. Gilberto Abreu, diretor executivo de negócios imobiliários e investimentos do banco, demonstrou confiança na retomada de crescimento do mercado imobiliário no país.
O setor imobiliário tem demonstrado leve recuperação nesse segundo semestre de 2017. Em boa medida, o programa Minha Casa Minha Vida está tendo forte peso nessa retomada. Com a atualização das regras do governo federal, o limite da renda dos consumidores que podem adquirir uma propriedade pelo programa passou de R$ 6,5 mil para R$ 9 mil.
Diversas construtoras e incorporadoras estão conseguindo manter seus lançamentos em dia. Cyrela, Even e Rodobens estão conseguindo bons índices. No interior paulista, a Construtora Planeta é um dos exemplos da manutenção e crescimento de investimento em novos lançamentos.
A Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) acredita na possibilidade de retomada real do setor. O presidente da instituição, Luiz Antônio França, pondera que o crescimento mais firme depende de vários fatores.
Romeu Ferraz pontua que o crescimento dependerá de outros fatores, como maior estabilidade política no país. Ele se posicionou contra o aumento de impostos. Para ele, o aumento da arrecadação deve vir do crescimento da economia, e não do aumento da carga tributária.