Raquel Lyra: “Queremos o Hospital São Sebastião municipalizado e equipado, como prometido”

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A prefeita de Caruaru, Raquel Lyra, realizou, na tarde da quinta-feira (17), uma visita técnica ao Hospital São Sebastião, após reunião realizada, na última quarta-feira (16), na Secretaria Estadual de Saúde, onde Raquel foi reafirmar seu interesse em municipalizar e gerir o Hospital São Sebastião. “Nós estamos defendendo os interesses da população de Caruaru, nós precisamos de um hospital para cirurgia eletiva. Tivemos diálogo, ainda este ano, com o governador Paulo Câmara e o secretário Iran Costa sobre a necessidade de repactuação do perfil hospitalar que está destinado para o São Sebastião”, ressalta.

A prefeita explicou, ainda, que, em qualquer processo de municipalização dentro do país, no Sistema Único de Saúde (SUS), a gestão do estado passa para o município, o que implica a equipagem e mobília do hospital, além do mínimo de custeio para manter esse hospital. “Com isso, queremos o São Sebastião municipalizado e equipado.” Ao lado de um engenheiro, de alunos e professores de cursos superiores de Saúde e gestores de faculdades, a prefeita vistoriou toda a obra.

Um dos objetivos da visita foi analisar as instalações a fim de se observar o que falta para o hospital ser entregue, além de verificar a possibilidade de adaptações, como a inclusão de um bloco cirúrgico. “Foi um compromisso nosso fazer do São Sebastião um hospital de cirurgias eletivas, então ele precisa ter esse bloco cirúrgico. Hoje, o espaço destinado a cirurgias é muito pequeno, está preparado apenas para pequenas intervenções. É necessário fazer algumas mudanças”, pontua Raquel.

Para a secretária de Saúde do município, Ana Maria Albuquerque, tornar o São Sebastião apto a cirurgias eletivas vai ajudar a desafogar os atendimentos na Casa de Saúde Bom Jesus, além de poder receber mais pacientes de municípios vizinhos. “Atualmente, as cirurgias eletivas são realizadas em três blocos cirúrgicos da Casa de Saúde, que precisam atender, também, e principalmente, aos partos”, explica Ana Maria. A secretária disse, ainda, que o levantamento de custos para a manutenção do hospital é de cerca de R$ 1,5 milhão mensais, o que é inviável para os cofres da Prefeitura, que recebe mensalmente R$ 437 mil do Governo Federal, através do Ministério da Saúde.

Com o funcionamento do hospital, a população vai poder contar com serviços de cardiologia, clínica médica e cirurgias não urgentes. Além disso, toda a comunidade acadêmica da região vai ser beneficiada com a criação de um hospital-escola, o que colabora para o crescimento dos estudantes e ajudam a ter um real entendimento do que é o SUS. “A municipalização de um hospital como esse traz o êxito de integrar o ensino com a saúde, algo de extrema importância porque faz com que os nossos estudantes se formem sabendo o perfil da população e suas necessidades”, argumenta a coordenadora do curso de Medicina da UFPE, Carolina Paz.

Além dos gestores municipais, participaram da visita o diretor da 4ª Geres, Djair Ferreira; o diretor do Centro Acadêmico do Agreste, Manoel Guedes; alunos, coordenadora e vice-coordenador do curso de Medicina da UFPE/Campus Agreste, Carolina Paz e Marcos Pedrosa, respectivamente; o presidente do Conselho Municipal de Saúde, Romário Farias; o diretor da Asces-Unita, Paulo Muniz; e os vereadores Leonardo Chaves e Ranilson Enfermeiro.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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