Com a chegada de mais de 250 homens das polícias Militar e Civil, Porto de Galinhas teve uma sexta-feira sem bloqueios nos acessos viários, os principais pontos comerciais, como supermercados e mercadinhos, começaram a reabrir as portas e a movimentação de turistas e visitantes cresceu, sobretudo na parte da tarde. Além da PM e da Polícia Civil, a Guarda Municipal de Ipojuca está trabalhando em parceria para restabelecer a segurança em todo o município.
“A cidade está estabilizada, o comércio está voltando a funcionar regularmente e as pessoas estão voltando a frequentar as praias. A comunidade, a sociedade e os turistas podem ter confiança, porque nós vamos ficar aqui por tempo indeterminado”, assegurou o Major Cezar Belo, subcomandante da Rádio Patrulha e comandante da operação no terreno. Os policiais também têm acompanhado os trabalhadores da Prefeitura de Ipojuca encarregados da remoção dos entulhos e bloqueios que antes ocupavam as vias do município.
O Serviço de Inteligência da Secretaria de Defesa Social já teve acesso a imagens de grupos portando armas de grosso calibre, além de facões e revólveres, que participaram dos atos de vandalismo durante a noite da quinta-feira. “Estamos atuando na identificação dos suspeitos e não vamos permitir que traficantes se aproveitem da morte de uma criança para jogar a população contra a polícia”, asseverou o secretário de Defesa Social, Humberto Freire, que se reuniu na tarde desta sexta-feira com a prefeita de Ipojuca, Célia Sales, para definir ações em conjunto com o município.
INVESTIGAÇÃO – O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) ouviu quatro testemunhas da morte da menina Heloísa Gabrielle, nesta sexta-feira. Ontem, o Instituto de Criminalística (IC) realizou a perícia no local onde a criança foi atingida, na comunidade das Salinas, em Porto de Galinhas. O fato ocorreu durante uma operação do BOPE na área. As armas dos policiais envolvidos, além de um revólver apreendido e da viatura atingida por disparos também foram encaminhadas para o IC.