A reforma tributária será a bola da vez, tão logo se encerrem as discussões em torno da reforma da Previdência, cuja votação em segundo turno, na Câmara dos Deputados, ocorrerá em agosto. Foi o que afirmou o líder do PSB na Casa, deputado Tadeu Alencar (PE), para quem a simplificação e a racionalidade na cobrança de impostos são necessidades imediatas que irão impactar positivamente na vida de todos e no desenvolvimento do País. Em entrevista à Rádio CBN Recife, nesta quarta-feira (17), ele disse que há consensos importantes que poderão facilitar os debates e as decisões do Congresso em torno da pauta.
“O presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (MDB-RJ), já sinalizou que a reforma tributária será o tema que sobre ele todos nós vamos nos debruçar, a seguir. Já está instalada a comissão, nós vamos fazer parte deste debate. É um tema que tende a gerar alguns consensos. Temos hoje a necessidade de simplificação, o que a reforma tributária vai fazer. Hoje temos um custo de competitividade enorme, que atrapalha o empreendedor, atrapalha o cidadão. A reforma vai atuar sobre isto. Precisamos ter um país mais leve, do ponto de vista da relação tributária” afirmou o deputado.
Em relação à reforma da Previdência, Tadeu Alencar falou, ainda, sobre a inclusão de estados e municípios no texto, assunto para o qual o presidente da Câmara pediu empenho de governadores e parlamentares da oposição. O líder socialista defendeu esta inclusão como possível e necessária. “Já tive oportunidade de dizer que, qualquer que fosse a proposta aprovada pelo Congresso sobre a Previdência, seria importante que ela fosse um sistema único, que pudesse alcançar todos os entes federativos. Entendo que o Congresso Nacional é a sede mais adequada para se dispor sobre mudanças que vão influenciar a vida de milhões de pessoas. E o melhor modelo é aquele em que estados e municípios passem a figurar nas regras que vão reger a Previdência”, assinalou.
PSB E LIDERANÇA – Falando sobre os acontecimentos envolvendo o PSB e parlamentares que não seguiram o fechamento de questão e votaram com a reforma da Previdência, o líder socialista voltou a defender que as discussões que irão acontecer na Comissão de Ética do partido levem em conta dois aspectos: a manutenção da autoridade das decisões da legenda e a aplicação de possíveis penalidades levando-se em conta o histórico e o comprometimento dos parlamentares que divergiram.
“Há em todos uma clareza muito grande de que um partido político precisa afirmar autoridade das suas decisões. O PSB sempre teve diretriz política. E nossa bancada toda entende isso. Ao mesmo tempo, que essa avaliação do Conselho de Ética sejam razoáveis e proporcionais com a conduta daquele militante, no passado e no futuro. Vejo nossa bancada muito unida. O partido fechou questão e alguns divergiram, de maneira republicana”, disse Tadeu Alencar, que na semana passada foi reconduzido à liderança da legenda, até fevereiro de 2020.