Relação entre Bolsonaro e Barra Torres foi do entrosamento inicial ao choque por vacinas

Após dois dias de silêncio, o presidente Jair Bolsonaro se pronunciou nessa segunda (10) sobre a cobrança de retratação feita pelo presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), almirante Antonio Barra Torres, depois de o titular do Palácio do Planalto ter levantado suspeitas contra o órgão regulador.

Ao mesmo tempo em que não fez um ataque direto, evitando esticar a corda do cabo de guerra que trava com o militar, o chefe do Executivo voltou a sugerir que há irregularidades em curso na agência — justamente o motivo da resposta contundente de Barra Torres.

Em entrevista à “Jovem Pan”, Bolsonaro classificou como “agressiva” a nota pública em que o chefe da Anvisa pediu ao presidente que voltasse atrás no que dissera. O mandatário da República argumentou jamais ter insinuado que havia corrupção na agência, como disse o almirante.

“Eu me surpreendi com a carta dele (Barra Torres). Carta agressiva, não tinha motivo pra aquilo. Eu falei: “O que está por trás do que a Anvisa vem fazendo?”. Ninguém acusou ninguém de corrupto, tá? E, por enquanto, eu não tenho o que fazer no tocante a isso aí”, disse.

Em outra resposta, no entanto, ao tratar da possível influência política em agências, de maneira geral, Bolsonaro disse ser comum ver órgãos do gênero “criando dificuldades para vender facilidades”.

Agência O Globo

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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