Roberto Fernandes admite frustação, mas declara: “Não vamos deixar de lutar”

Na partida contra o Tombense, neste sábado (10), no Arruda, o Santa Cruz chegou a sua quinta derrota na Série C, e seu 11º jogo consecutivo sem vitória. O resultado joga outro balde de água fria na esperança de uma reação no campeonato, abalando os ânimos do torcedor, da comissão técnica e dos jogadores. Após o jogo, o comandante Roberto Fernandes revelou preocupações sobre o clima no vestiário.

“A gente vê o clima do vestiário, é preocupante, não só hoje, como também no jogo contra Altos. A gente vê muito pouca reação dos atletas em termos de força para reverter o quadro. É um elenco que tá abatido pra caramba, jogador chorando, você vê no semblante que se falassem “vou te liberar” ele talvez agradeça. É óbvio que a cobrança tem que existir, mas temos que passar confiança e tranquilidade para eles terem a coragem e ousadia para jogar futebol”, declarou o treinador.

Na lanterna do Grupo A, o Santa Cruz abre cinco pontos de diferença para a Jacuipense, nono colocado, e se afasta cada vez mais do lado de fora da zona de rebaixamento. Com os resultados negativos o Tricolor do arruda protagoniza a sua pior campanha na Série C, e observa o risco de rebaixamento aumentar a cada rodada disputada.

“É uma situação muito delicada, depois do jogo tivemos uma reunião rapidamente, e o próprio Givanildo também concorda com muita coisa que eu falo dentro do vestiário. Hoje meu sentimento é de inteira frustração, saí do CRB com 64% de aproveitamento para um cenário oposto. Agora é o seguinte, enquanto estivermos vivos, não vamos deixar de lutar e quem estiver do meu lado tem que ter força e coragem”, pontua.

Outro problema alarmante é a falta de objetividade no setor ofensivo. A Cobra Coral atualmente possui o pior ataque de sua chave, segundo pior entre os 20 times da competição, e falhou em definir partidas que poderiam dar um fôlego a mais na competição.

“Três gols em oito jogos é muito pouco, nós jogamos 30 minutos com um jogador a mais e não tivemos força para encurralar o adversário. Baixa intensidade na troca de passes, falta de profundidade no último terço do campo e isso são coisas que são treinadas ao extremo durante a semana. A gente vem trabalhando incansavelmente, mas está esbarrando na nossa ineficácia na hora do jogo”, finalizou Roberto Fernandes.

Folhape

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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