Ainda há muitas incertezas sobre as medidas que estão sendo adotadas nas escolas com a retomada dos estudantes do Ensino Médio para as aulas presenciais. Como o protocolo sanitário indica o distanciamento social entre os alunos, a redução no número de alunos das salas será inevitável. No entanto, algumas soluções podem ser utilizadas nesse momento, como explica o advogado especialista em direito educacional Luiz Tôrres Neto.
“Caso boa parte dos alunos voltem para as aulas presenciais, aconselha-se que a instituição proceda a um rodízio entre os alunos, assegurando o distanciamento de, no mínimo, 1,5 metro quadrado entre os discentes. Muito embora este retorno esteja sendo tímido, acredito que o tempo implicará num maior retorno dos estudantes e o rodízio terá que acontecer.”
Ainda de acordo com ele, o retorno gradativo das atividades presenciais não afetará a manutenção da educação remota. Dentro da hibridez do regime, a qualidade da educação será mantida e tanto o aluno que estiver em sala de aula quanto o que estiver em casa receberão, simultaneamente, a educação. Além disso, segundo Luiz, apesar dos pais e responsável decidirem se o aluno retoma as atividades presenciais, quem decide pelo rodízio e como será feito é a instituição de ensino, que possui autonomia administrativa e pedagógica.
Por fim, Luiz Tôrres Neto faz um outro alerta. “O aluno não pode se recusar a participar do rodízio, caso esteja frequentando as atividades educacionais presenciais”, destaca.