“O Presidente da República (Michel Temer) precisa renunciar de imediato o seu mandato. Ele é o grande obstáculo de todas as mudanças e o responsável por todos os problemas, hoje, existentes no país”. Assim o deputado estadual Romário Dias (PSD) defendeu seu posicionamento sobre a política nacional diante do atual momento que o Brasil enfrenta. Durante pronunciamento na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), na quinta (15), Dias ainda propôs que haja eleições gerais em outubro de 2017 e que as assembleias legislativas se unam e se pronunciem sobre a crise.
“Como um governo que protagoniza o sistema de corrupção no País pode continuar? É insustentável. Defendo que sejam realizadas eleições gerais para outubro de 2017 e que haja o fim da reeleição, com o prolongamento dos mandatos de quatro para cinco anos”, afirmou. Dias ressaltou que, para assumir o comando do País, é preciso uma pessoa, “político ou não, que tenha dignidade de caráter para construir um caminho de respeito com as instituições e com o poder representado pela Constituição”.
Ainda de acordo com o deputado, é preciso “acionar, de imediato, a União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale) para que as assembleias legislativas possam se posicionar”. Ao presidente da Alepe, deputado Guilherme Uchoa (PDT), Dias sugeriu: “Solicito a vossa excelência que pegue esta minha proposta e leve à Unale. Vamos fazer um grande movimento nesse Brasil por meio das assembleias legislativas”.
O parlamentar também ressaltou o elevado índice de desemprego, que chegou a 11,6 milhões de pessoas até junho deste ano, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), “maior nível desde 2012”. Além de se posicionar sobre a violência, que, segundo Dias, está “em índices altíssimos, por uma revolta em que o pivô principal é o Presidente da República, não os governos dos estados”.
“O Brasil está desgovernado. As pessoas não podem investir em um País sem comando, onde as leis não funcionam e a corrupção impera. O povo está triste, o País não se desenvolve, as empresas estão paralisadas, a sociedade está paralisada. Precisamos criar um pacto pelo Brasil, em que, unidos, possamos restaurar a normalidade e o crescimento econômico. Acredito que, só assim, poderemos voltar a crescer e a construir um País mais democrático e inclusivo”, finalizou.