Que a vacina contra a Covid-19 é eficaz isso não há como discordar. Um dos aspectos que mudam de vacina para vacina, é a porcentagem da eficácia, sendo todas eficientes. No entanto, há pessoas que mesmo ao tomar as duas doses da vacina morrem. É como o astro de TV Tarcísio Meira que faleceu nesta quinta-feira (12), vítima da Covid-19. O ator havia tomado duas doses da vacina contra o coronavírus. Mas porque isso acontece, mesmo com pessoas vacinadas?
Após uma certa idade, o corpo não consegue mais produzir imunidade, o que é chamado pelos médicos de imunossenescência. “Em idades avançadas, o corpo não consegue criar defesa suficiente e compromete a eficácia da vacina”, explica o médico infectologista Filipe Prohaska.
Para o médico, alguns outros fatores podem contribuir para reduzir a eficácia da vacina. “Existem grupos populacionais específicos que não têm tanta maturidade para produção de imunidade, como pessoas com desnutrição, obesidade, pessoas sedentárias, quem toma medicação com imunossupressores, quem fez transplante de órgãos sólidos ou medula óssea e a idade”, explica.
Ainda de acordo com Prohaska, para gerar imunidade, o sistema imunológico tem que estar funcionando bem. “Parece um disco riscado falar sobre isso, mas tem que se alimentar bem, fazer exercícios para que não fique desnutrido ou obeso, por exemplo, e isso interfira na imunidade e reduza a eficácia da vacina”, detalha.
O infectologista ainda lembra que quando o indivíduo toma a vacina, o corpo aprende a criar defesa contra doenças. “É aí que algumas pessoas sofrem, pois quando o sistema imunológico não está trabalhando corretamente, não é gerada uma imunidade completa que a vacina pode oferecer”, acrescenta e ainda ressalta que as mortes de pessoas vacinadas são uma exceção. “É bom ressaltar isso, pois é exceção. Não há dúvidas de que a vacinação é o melhor caminho para combater a Covid-19”, conclui.
EUA
Recentemente os Estados Unidos divulgou dados sobre a mortalidade por Covid-19 no país. O médico Vivek Muthy, porta-voz do país para saúde pública, afirma que 99,5% das mortes por coronavírus se deram em pessoas que não foram vacinadas. Ou seja, apenas 0,5% dos casos são pessoas totalmente vacinadas.