Servidor de carreira do Tribunal de Contas de Pernambuco, o deputado Danilo Cabral, da mesma geração do ex-governador Eduardo Campos, por quem foi alçado à vida política, pode esperar sentado, porque vai se fadigar em pé, se depender do PSB e do grupo que detém o poder no Estado para um voo de águia. Atual líder da bancada socialista na Câmara, Tadeu Alencar já telegrafou para Danilo, avisando que seu sucessor na liderança será o carioca Alessandro Molon. Foi uma ducha fria para quem, como Danilo, esperava a oportunidade para se projetar na mídia nacional.
Não há uma vitrine mais poderosa no Congresso do que virar líder, mesmo em se tratando de bancadas minúsculas, o que não é o caso do PSB. Não é a primeira vez, entretanto, que Danilo é preterido dentro do conjunto de forças a que está atrelado. O maior tombo se deu em 2014, quando foi, literalmente, fritado como nome consensual à sucessão de Eduardo.
O TRIO DA QUEIMAÇÃO
Naquele não muito longínquo 2014, Eduardo estava para decidir o seu candidato a governador entre Danilo Cabral, Tadeu Alencar e Paulo Câmara. Percebendo a tendência de Eduardo por Danilo, o ex-presidente da Alepe, Guilherme Uchoa, o então prefeito de São Lourenço, Ettore Labanca, e o ex-líder do Governo, Waldemar Borges, ameaçaram uma rebelião, caso Danilo viesse a ser o ungido.
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