“Se eu assumir o partido, o PSDB desembarca do governo Michel Temer. Eu acho que não tem nenhuma razão o continuar no governo. Já não é de hoje que penso assim. Mas as reformas vão continuar”. A afirmação, em primeira mão, foi dada pelo governador Geraldo Alckmin em entrevista exclusiva a José Luiz Datena durante o programa “90 Minutos”, da Rádio Bandeirantes, na manhã desta terça-feira.
O governador de São Paulo disse que sempre foi contra a presença dos tucanos no Planalto. Ele ressaltou, no entanto, que o apoio às reformas de interesse do país será mantido, mesmo se acontecer o desembarque.
Para Geraldo Alckmin, o atual sistema político brasileiro está falido e precisa ser modificado. Essa reforma, na visão do governador, é a primeira que deverá ser feita pelo presidente, seja ele quem for.
Alckmin admite que a escolha para comandar o partido, que deverá ser selada pela convenção nacional do PSDB em 9 de dezembro, é um passo importante para disputar a presidência da República. Como possível novo presidente do PSDB, Alckmin diz que pretende atuar para unir e fortalecer o partido.
O tucano também sinalizou que uma eventual chapa encabeçada por ele terá que contemplar nomes de outras regiões do país. “É natural que em um país continental como o Brasil, com realidades tão diferentes, que você faça uma chapa procurando contemplar outras regiões”.