A Secretaria de Saúde de Caruaru (SMS) firmou uma parceria com a Fiocruz para que a população do município possa usar o portal da instituição para informar sobre a presença do vetor da doença de Chagas (inseto barbeiro) na localidade em que vive. A ferramenta também permite localizar o Posto de Informação em Triatomíneos (PIT) mais próximo da residência (que pode ser uma Unidade Básica de Saúde – UBS), onde é possível entregar os insetos suspeitos para correta identificação.
Para isso, basta acessar o Portal da Doença de Chagas, através do endereço: https://chagas.fiocruz.br/achou-um-barbeiro/ . O serviço realiza a avaliação e identificação do vetor da doença de chagas (barbeiro), coletado por qualquer cidadão, que é enviado para análise no laboratório. A avaliação ocorre por meio da identificação do inseto ou da foto dele, onde, na seção ‘Envie uma Foto’, é possível anexar a imagem do inseto encontrado, que será analisada por especialistas da Fiocruz.
Na seção ‘Entregue Pessoalmente’, o usuário poderá se informar sobre a forma correta de capturar o barbeiro e ter acesso a um mapa, onde é possível localizar um PIT para entregar o inseto, chamado de ‘PITs Maps’, que nada mais é do que o endereço mais próximo no qual o inseto poderá ser entregue no município.
Os insetos recebidos nos PITs são encaminhados para o laboratório do Centro de Zoonose de Caruaru, onde passam por identificação e são examinados para detectar a presença do parasit Trypanosoma cruzi, causador da doença de Chagas. O resultado das análises é informado à população pelo agente de saúde ou de endemias da região, que realiza as ações de controle e orientação necessárias, caso seja confirmada a presença de do inseto barbeiro.
“A ferramenta online auxilia o cidadão e os profissionais de saúde a fazer a identificação do inseto, diferenciando os barbeiros – que se alimentam de sangue e podem transmitir o Trypanosoma cruzi – de outros percevejos – que se alimentam de plantas ou de outros insetos e não apresentam risco de infecção para os seres humanos. É uma importante aliada para as ações de combate à doença e a população só tem a ganhar com essa ferramenta”, destacou o coordenador das Doenças Tropicais e Negligenciadas da SMS, Efraim Naftali.