Sem sinal verde dentro do MDB, que decidiu continuar na base da Frente Popular, o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, não desistiu de tentar ser candidato ao governo do estado e anunciou sua mudança para o DEM, oficializando de vez a sua pré-candidatura. O ato para assinar a troca de partidos foi marcado para o dia 25 de setembro. “Estou à disposição do partido para contribuir para o regaste do protagonismo do Estado”, cravou Miguel.
“Miguel é um político e gestor jovem, talentoso e vem somar aos quadros do Democratas. É uma excelente opção para liderar um projeto de mudança em Pernambuco”, assinalou o presidente estadual do DEM, Mendonça Filho. O senador Fernando Bezerra Coelho (MDB), que antes era especulado para acompanhar o salto de Miguel, agora é o único político da família a não fazer parte dos Democratas e não se posicionou se trocará de sigla. O DEM é a casa de dois irmãos de Miguel, o deputado federal Fernando Filho e o deputado estadual Antônio Coelho.“Tenho certeza que Miguel Coelho teria uma contribuição a fazer dentro do DEM”, assinalou Antônio, em entrevista com a Rádio Clube AM 720, antes da migração ser divulgada.
Antes de anunciar a troca de siglas, Miguel estava se articulando com outros partidos. Nesta semana, o prefeito de Petrolina viajou para Brasília, se encontrando com o presidente estadual do PDT, Wolney Queiroz. “Foi uma conversa boa que pode gerar uma aliança estadual no futuro”, comentou Miguel sobre a conversa. Em julho deste ano, o deputado Wolney Queiroz afirmou ao Diario que o PDT não estaria na Frente Popular em 2022, se o PSB firmasse a aliança com o PT. “Se o PSB quiser marchar com o PT, nós estaremos em outro palanque”, assinalou, na época. A mudança de Miguel para uma sigla fora da base socialista talvez abra as portas para uma nova aliança no palanque nacional do PDT, mas nada ainda foi confirmado.
O encontro gerou expectativa dentro da base dos Coelhos. Segundo o deputado Antônio, a ligação entre o DEM, possível futuro partido de Miguel, e o PDT, geraria lucro para as duas siglas. “O PDT poderia estar mais bem servido se fizesse parte de um projeto político com mais envergadura e tivesse nessa chapa alguém que garantisse um palanque para o seu presidenciável”, comentou, apesar do DEM ainda não ter se posicionado em um cenário nacional, ainda podendo registrar candidatura própria.
Diario de Pernambuco