Sem coligações, partidos devem ficar sem chapa para eleição proporcional

No Senado, a votação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que permite a volta das coligações parece cada vez mais distante. Mais uma semana passou e o projeto continua enfrentando a resistência dos parlamentares. Nos bastidores, parlamentares apontam que a maioria das legendas do Estado deve acabar não lançando chapas proporcionais para as disputas na Assembleia Legislativa e Câmara Federal, caso a proposta não passe. Nas contas dos legisladores, o quociente eleitoral deve ficar entre 90 mil votos para estadual e 150 mil para federal. Com um patamar tão alto, a tendência é uma migração em massa de pré-candidatos para legendas maiores e com chapas mais atrativas. A tendência é que apenas seis ou oito legendas consigam formar projetos competitivos e aptos para disputar as eleições. O PSB – com uma bancada forte nas duas Casas e com o comando do Governo do Estado e Prefeitura do Recife – deverá ser um imã de lideranças da Frente Popular. Na oposição, a avaliação é que a legenda que tiver um candidato forte para Governo do Estado terá mais chances de atrair uma chapa forte para seus partidos. Seja qual for a estratégia, a avaliação no momento é que qualquer acordo político somente será fechado após o dia 2 de outubro, quando não poderá ser feita mais nenhuma mudança na legislação eleitoral e as regras do jogo já estarão definidas.

Estreitando os laços
Após sancionar o projeto que concede anistia de IPVA vencidos em 2020 para motos, o governador Paulo Câmara (PSB) ofereceu um almoço para deputados estaduais, no Palácio das Princesas. Participaram tanto legisladores governistas quanto independentes e oposicionistas. O intuito foi agradecer aos legisladores pela parceria nas pautas legislativas.

de saída > Com grandes chances de deixar o PTB, o deputado estadual Álvaro Porto (PTB) se aproximou bastante do grupo dos Ferreira e pode ir para uma das siglas do bloco político. Em relação ao seu próximo destino partidário, o legislador adotou o velho lema “quem tem tempo não tem pressa”.

ajustes > Apesar da ansiedade de alguns aliados por espaços, uma nova reforma administrativa somente será realizada em abril do próximo ano no Palácio das Princesas. Na ocasião, secretários como Lucas Ramos (PSB), Rodrigo Novaes (PSD) e Claudiano Filho (PP) devem se desincompatibilizar dos para disputar a eleição.

aberração jurídica > Candidata à Prefeitura do Recife em 2020, a delegada Patrícia Domingos classificou como aberração jurídica o projeto de lei que exige quarentena de quatro anos para alguns agentes públicos concorrerem às eleições. “Não existe razoabilidade em proibir que uma pessoa seja candidata só porque ocupa um cargo público. O bandido pode ser candidato, mas o juiz, o promotor e o delegado não?”, questiona Patrícia, que reafirma sua candidatura para deputada nas próximas eleições.

Reivindicação > O presidente da Assembleia Legislativa, Eriberto Medeiros (PP), anunciou que será marcada, nas próximas semanas, uma cerimônia com o governador Paulo Câmara onde será entregue o documento com as reivindicações do setor produtivo do projeto Fala PE, realizado em parceria com o Sebrae.

Folhape

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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