A utilização de idosos e assaltantes vestidos com fardamento de agentes de segurança faz parte do novo “Modus operandi” que o crime organizado está utilizando para realizar assalto a bancos em Recife (PE) e outras capitais do Nordeste. O assunto foi debatido este mês, durante seminário de segurança bancária que a Interfort Segurança, empresa potiguar responsável em Pernambuco pela segurança de bancos, como a Caixa Econômica Federal (CEF) e o Banco do Brasil. O evento, realizado em parceria com a CEF no Ciclo Católico de Pernambuco, contou com a participação de especialistas em segurança bancárias, que enfatizaram para uma plateia composta por cerca de 300 profissionais de segurança de bancos a necessidade de reforçar a vigilância em torno de personagens aparentemente isentos de qualquer suspeita.
Para se ter noção da gravidade do assunto, no estado de Pernambuco, pelo menos 10% das tentativas de intrusões em agências bancárias, foram realizadas através da tática de utilização de idosos, deficientes físicos ou de falsos agentes de segurança fardados.
Segundo o especialista em segurança corporativa e gerente Operacional da Interfort em Pernambuco, Reinaldo Santos, a ordem do dia agora é redobrar a atenção, inclusive com relação a clientes de banco que estejam fardados com traje policiais ou de empresas de segurança. Para Santos, o processo criativo do crime organizado está sempre em constante evolução, o que obriga as empresas especializadas em segurança bancária a reforçarem cada vez mais as normas de fiscalização.
Segundo ele, mesmo um idoso que não utilize a porta giratória dos bancos por ser portador de marca passos ou cadeirante, terá que se submeter a revista do detector de metais manual. O controle de acesso às agências bancárias de policiais civil, militar ou federal armados, também passa a ser mais rigoroso e será feito tão somente após autorização da gerencia, após a checagem da identidade funcional.
O executivo José Mario das Neves, coordenador de Segurança da Caixa Econômica Federal/PE, destacou no seminário realizado no Ciclo Católico de Pernambuco que a CEF vem reforçando cada vez mais os seus ativos de segurança para prevenir situações de riscos. Segundo ele, a gestão de segurança constitui um processo contínuo e dinâmico de permanente avaliação e adequação das medidas e procedimentos de segurança contra os riscos e ameaças reais ou potenciais.