Com o objetivo de consolidar e expandir a educação formal no campo, o Senar Pernambuco recebeu visita técnica da coordenadora de Educação Formal do Departamento de Inovação e Conhecimento (DIC) do Senar Brasil, Maria Cristina. O encontro, que tem como intuito avaliar o desempenho do primeiro Curso Técnico em Agronegócio a distância, implantado no estado, apontou que Pernambuco é destaque na promoção de ações voltadas a profissionalização técnica rural.
A visita técnica foi realizada em dois momentos. O primeiro aconteceu na sede do Senar-PE, no Recife, na sexta-feira (19). Durante a reunião, foram discutidas estratégias de ensino para atendimento aos alunos matriculados no Polo de Bezerros. Entre elas está o fluxo de atividades executadas em sala de aula e no campo. Também em pauta, o fortalecimento da integração entre o Senar-PE e produtor, através das capacitações e, como se dá o processo de acompanhamento da desenvoltura dos alunos do curso técnico, que dispõe de 80% das aulas a distância. Além disso, foi apresentado o balanço dos cases de sucesso.
Na ocasião, o superintendente do Senar-PE, Adriano Moraes, ressaltou que é grande a procura pela nova modalidade de formação no estado. Segundo Moraes, atualmente, o curso Técnico em Agronegócio contempla alunos de todas as regiões pernambucanas. “O bom desempenho da primeira turma, nos impulsiona a aprimorar cada vez mais o sistema educativo, com foco na regionalização dos conteúdos. Um belo exemplo está no Polo de Bezerros, onde temos estudantes de 15 municípios diferentes, contemplando as regiões Zona da Mata, Agreste e Sertão pernambucanos, tem até aluno do estado de Alagoas”, comemora o superintedente.
Responsáveis pela Rede e-Tec Brasil no Senar-PE, a coordenadora de Treinamentos, Mônica Pimentel, o coordenador Regional, Adriano Pontes e o coordenador Pedagógico, Nivaldo Damasceno, explicaram que a iniciativa possibilita o domínio na aplicação de técnicas inovadoras e sustentáveis, com foco na produtividade e empreendedorismo. “É dessa forma que o Senar Pernambuco atua na habilitação de 38 gestores rurais da primeira turma do Curso Técnico em Agronegócio”, exemplificou Nivaldo. De acordo com o supervisor, a ação visa tornar o setor agropecuário pernambucano mais eficiente e competitivo, devido ao leque de oportunidades que o agronegócio dispõe em setores produtivos como a cana-de-açúcar, avicultura e fruticultura.
A segunda parte da visita técnica foi no polo de ensino implantado no município de Bezerros. No local, a representante da Administração Central do Senar verificou que, além de atender os pré-requisitos necessários para realização do curso, a integração da turma tem sido fundamental para lançar no mercado profissionais ávidos pelo ofício de empreender no agro.
Do ponto de vista administrativo, a coordenadora de Educação Formal do Senar Brasil destacou um dos relatórios elaborados pela Administração Regional de PE, como referência que deve ser reaplicada nos demais estados. Isso porque o documento trás um panorama completo da metodologia utilizada no curso e da situação de cada aluno, o que permite identificar entraves e apontar soluções. “Esse já é o segundo documento de gestão educativa sugerido pelo Senar Brasil para todo o País, a partir de Pernambuco”, lembra o supervisor.
Em sua primeira vinda ao estado, Maria Cristina disse estar gratificada, por conhecer de perto o trabalho que o Senar Pernambuco realiza junto a população rural, orientado os produtores nas ações de Formação Profissional Rural, Promoção Social e agora, na nova modalidade de ensino técnico a distância. Na avaliação da coordenadora, “Os casos de sucesso demonstram uma atuação que vai além da difusão de conhecimento técnico, mas sobre tudo, demonstra uma gestão atenta e comprometida com o processo educacional dos produtores, de acordo com as suas especificidades regionais”, considerou Cristina.
Vale ressaltar que, o agronegócio exerce um papel determinante na economia brasileira. Dados do Ministério de Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior (MDIC) apontam que as exportações do agro responderam por 33,1% do total embarcado pelo Brasil no primeiro trimestre de 2016.