Será que vale a pena tudo mesmo para retomar o poder?

Do Repórter Política

Conforme os dados oficiais do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Caruaru possui 247.041 eleitores aptos a votar nas eleições municipais 2024, representando o quarto maior colégio eleitoral de todo Pernambuco e o maior do interior do Estado. Neste ano, o eleitorado caruaruense terá a missão de escolher a melhor opção, dentre os seis candidatos na disputa, para governar a Capital do Agreste, pelos próximos quatro anos, e as campanhas nas ruas já se encontram a todo a vapor na cidade, movimentando militâncias e promovendo eventos eleitorais, da zona urbana até a rural.

Derrotados nas urnas nas eleições 2022, quando não conseguiram renovar os seus respectivos mandatos na Alepe, os adversários históricos Zé Queiroz (PDT) e Tony Gel (MDB), agora, se encontram de mãos dadas, em 2024, parar darem aquela que parece a ser a última cartada nas suas respectivas trajetórias na política local, tentando impedir a reeleição do atual prefeito Rodrigo Pinheiro (PSDB), que é cria da atual governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), e após dois anos e seis meses de governo à frente da Prefeitura possui alto índice de aprovação, beirando a casa dos 70%.

E para chegar a um próximo mandato no Palácio Jaime Nejaim, o pedestista que pouco foi visto e trouxe recursos para Caruaru, no último período em que esteve representando a cidade na Assembleia, está fazendo de tudo um pouco para tentar convencer o eleitorado, que ainda tem algo a acrescentar na Capital do Agreste, mesmo com um plano de governo nada instigante, inspirador e diferente do que já foi e está sendo feito para contribuir de fato com as demandas atuais de uma das maiores cidades do Nordeste.

Além de uniões contraditórias com adversários a quem tanto criticou no passado distante e até recente, neste cenário de tentar retornar a todo custo ao poder, também está valendo contar com o apoio militante da imprensa chamada, neste caso, não marrom, mas atualmente laranja; com a presença de eleitores e de candidatos de outras cidades, nos seus respectivos eventos quase esvaziados e que em nada acrescentam ou vão acrescentar para com o futuro da Capital do Agreste; bem como até escondendo o vermelho do atual presidente do país, Lula, sua principal muleta de votos, mas principal opositor à vasta gama de bolsonaristas aptas a votar na cidade.

Na sua fixação desenfreada de tentar retomar a cadeira principal do Jaime Nejaim, está valendo para o pedetista tentar se aproximar e prometer tudo aquilo que acha ter direito até para quem de fato não conhece o seu trabalho. Neste cenário se encontram os novos e jovens eleitores, que representam uma fatia importante do eleitorado local e também serão determinantes para com a escolha do próximo prefeito de Caruaru.

Em tempos da maior edição dos Jogos Escolares Municipais de Caruaru, a velha tática de tentar adotar a já bastante batida “Onda Jovem” pode até cair por água abaixo, afinal, de ações concretas e que ultrapassam a barreira das eleições, os jovens caruaruenses de hoje já estão acostumados e entendem muito bem. Nada igual há anos anteriores, a exemplos de 2015 e 2016, quando os estudantes atletas do município foram desprezados pelo o até então prefeito Queiroz, com os cancelamentos seguidos dos tradicionais Jogos.

Será que vale tudo a pena mesmo para retomar o poder?

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.