O secretário estadual de Saúde, André Longo, participa, neste sábado (04.05), da abertura do Dia D de vacinação contra a influenza no Recife, juntamente com o secretário do município, Jailson Correia. A ação será na Upinha de Jardim São Paulo, na Praça de Jardim São Paulo. Em todo o Estado, pouco mais de 2 milhões de pessoas ainda precisam ser imunizadas, representando 76% do público total, formado por 2,6 milhões de pernambucanos. Neste ano, até o dia 13.04, 11 casos de síndrome respiratória aguda grave (Srag) tiveram resultado laboratorial positivo para influenza (mais abaixo).
Até o momento, já foram vacinados 628.799 (23,7%). Os públicos prioritários da campanha contra a influenza são: crianças entre 6 meses e 5 anos, 11 meses e 29 dias; gestantes, idosos (60 anos ou mais), puérperas (até 45 dias após o parto), trabalhadores da saúde, professores das escolas públicas e privadas e povos indígenas. A imunização, que protege contra as influenzas A(H1N1), A(H3N2) e B, ainda contempla portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, que devem apresentar prescrição médica no ato da imunização, de acordo com recomendação do Ministério da Saúde (MS); adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas, população privada de liberdade e os funcionários do sistema prisional. Além disso, o MS orienta vacinar policiais civis, militares, bombeiros e membros ativos das Forças Armadas, que devem apresentar documento comprobatório no ato da vacinação, assim como os professores e profissionais de saúde.
Em caso de alergia ao ovo (pessoas que após ingestão apresentaram apenas urticária), não há contraindicação, mas, em quadros clínicos específicos, como alergia grave, é importante que a imunização seja feita em ambiente adequado (local com urgência e emergência) e com supervisão de profissional de saúde que possa reconhecer e prestar atendimento surgindo uma condição alérgica.
CASOS – Até o último dia 13.04, foram notificados 894 casos de síndrome respiratória aguda grave (Srag), sendo 790 (88,4%) em crianças menores de 6 anos. Dos 894, 9 tiveram resultado laboratorial positivo para a influenza B, 1 para influenza A(H1N1) e 1 para influenza A não subtipado.
Quando comparado com o mesmo período de 2018, com 366 casos, houve um aumento de 144,3% nas notificações de Srag. Desses 366, 37 positivaram laboratorialmente para influenza A(H1N1) e 18 para influenza A(H3N2).
A síndrome respiratória aguda grave pode ser provocada por diversos agentes (vírus, bactérias) e é caracterizado pela necessidade de internação de pacientes com febre, tosse ou dor de garganta associado à dispneia (desconforto respiratório).
ÓBITO – Em 2019, foi confirmado 1 óbito para influenza A não subtipada (quando o exame laboratorial não detecta o subtipo). O caso envolveu um homem na faixa etária dos 50 anos e residente em Petrolina, que veio a óbito em fevereiro.
O QUE É – A influenza é uma infecção viral aguda que afeta o sistema respiratório. A transmissão ocorre por meio de secreções das vias respiratórias da pessoa contaminada ao falar, tossir, espirrar ou pelas mãos, que após contato com superfícies recém‐contaminadas por secreções respiratórias pode levar o agente infeccioso direto à boca, olhos e nariz.
A doença é caracterizada por um início súbito de febre, tosse, dor de cabeça, dores musculares e nas articulações, mal-estar, dor de garganta e coriza. A tosse pode durar duas ou mais semanas. A maioria das pessoas recupera-se da febre e de outros sintomas dentro de uma semana. Complicações ou morte podem ocorrer especialmente em pessoas de alto risco.
Estima-se que uma pessoa infectada seja capaz de transmitir o vírus para até dois contatos não imunes. As crianças com idade entre um e cinco anos são as principais fontes de transmissão dos vírus na família e na comunidade, sendo possível a eliminação do vírus por até três semanas.