Setembro Amarelo promove debate sobre o suicídio

Um tema que assombra os lares, as escolas e ainda é considerado um tabu. O suicídio é considerado um problema de saúde pública e a ocorrência tem aumentado entre os jovens. De acordo com números oficiais, 32 brasileiros se matam por dia em média, sendo essa uma taxa maior do que a de vítimas de Aids e da maioria dos tipos de câncer. Para debater sobre o tema e quebrar esse silêncio, há mais de 40 anos foi criado o Centro de Valorização da Vida (CVV).

O Centro de Valorização da Vida é reconhecido como um serviço de utilidade pública desde 1970 e está disponível para oferecer apoio emocional e trabalhar a importância da prevenção do suicídio. Hoje, no Brasil, temos disponível em vários estados estes Centros de Apoio. Devido a este alarmante índice, o Conselho Federal de Medicina e a Associação Brasileira de Psiquiatria deram início à campanha nacional intitulada Setembro Amarelo que está no seu terceiro ano de atuação. Segundo Norma Suely, Coordenadora de uma das sedes da Associação no Recife, em breve Caruaru ganhará uma unidade do CVV.

Por enquanto, profissionais da área de psicologia da Clínica Mais Saúde, em Caruaru, estão à disposição para levar orientação e trazer mais conhecimento através de palestras para escolas, empresas, comunidades e em todo lugar que se fizer necessário tirar dúvidas sobre este assunto ainda considerado um tabu. “A ideia do Setembro Amarelo é abrir espaço para falar sobre o tema e alertar os pais, os professores e a sociedade sobre a importância da discussão nos espaços onde, principalmente, os jovens costumam estar. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, o suicídio tem prevenção em 90% dos casos”, explica a psicóloga Karina Procópio.

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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