Posicionamento inadequado das mãos, movimentos repetitivos (como digitar), alterações hormonais após a menopausa, traumas (quedas e fraturas) e inflamações (alguns casos de artrite reumatoide), além de predisposição genética, estão entre as causas da Síndrome do Túnel do Carpo. A condição gera dor em choque (principalmente, à noite), formigamento e dormência nas mãos e braços, de forma rotineira. Casos mais graves podem ocasionar atrofia muscular e perda da sensibilidade da mão, como explica o médico ortopedista especialista em cirurgia da mão, Luis Filipe Lessa, com atendimento no SEOT – Santa Efigênia Ortopedia e Traumatologia, em Caruaru, no Agreste de Pernambuco.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão (SBCM), a estimativa é que 150 mil casos da Síndrome do Túnel do Carpo sejam registrados no Brasil, a cada ano. Ainda segundo a SBCM, a condição é cinco vezes mais comum em mulheres, tem relação com o sobrepeso/ obesidade e acomete, em geral, entre os 30 e 60 anos. O médico ortopedista Luis Filipe Lessa diz que, para prevenir, é importante sentar corretamente, apoiando braços e punhos, ao digitar, além de alongar mãos e braços, a cada duas horas.
Diagnóstico e Tratamento – O diagnóstico é feito através de exame clínico, baseado na queixa e no resultado de testes provocativos. Em seguida, o exame de eletroneuromiografia avalia a presença e o grau de compressão do nervo mediano. O especialista em cirurgia da mão afirma que casos mais leves podem ser tratados sem a necessidade de intervenção cirúrgica. “O tratamento pode ser feito através de medicamentos anti-inflamatórios e uso de tala, a fim de melhorar o posicionamento do punho, por certo período”.
Cirurugia – Condições mais graves – quando há grande compressão do nervo, com pouca ou nenhuma resposta ao tratamento convencional – podem levar o paciente à necessidade de cirurgia. “Durante o pós-operatório, ações repetitivas, que exijam esforço, assim como carregar peso, devem ser evitados”, orienta o médico. Os pontos são retirados entre 10 e 12 dias do procedimento. Se houver dor no local da incisão e perda de força muscular, o médico recomenda que se faça terapia, o que ocorre entre 40% a 50% dos casos, também segundo a SBCM.