Na noite deste sábado, a primeira divisão se tornou praticamente inevitável para o Sport em 2020. Com direito a recorde de público da Ilha do Retiro na Série B deste ano e muita emoção, o Leão superou o Criciúma pelo placar mínimo e atingiu 60 pontos na classificação, abrindo a distância de oito pontos para o América Mineiro, atual quinto colocado. O duelo contra o Botafogo/SP, na próxima quarta-feira, em Ribeirão Preto, pode ser definitivo na conquista do principal objetivo da temporada.
O fator casa causa uma postura diferente do Sport em comparação aos jogos longe do Recife. Mesmo com certa dificuldade para encontrar espaços no início, a equipe rubro-negra optou pelas jogadas nas pontas e conseguiu controlar o campo sem muito esforço. Dessa maneira, o diálogo entre Guilherme e Sander, que compõem o lado mais efetivo do time, seria fundamental na construção das jogadas. Aos 7 minutos, Sander mostrou seu vigor físico em plenitude e cruzou rasteiro na grande área, mas Hyuri se atrapalhou e desperdiçou a primeira oportunidade leonina na partida.
Na metade do primeiro tempo, o Sport tinha 72% de posse bola, mas a proposta ofensiva esbarrava na inefiência do planejamento das jogadas. Um dos pilares no ataque, Guilherme manteve o desempenho irregular e não foi capaz de auxiliar positivamente no último terço, assim como Leandrinho. Aos 24, Hernane Brocador dividiu no alto com o volante catarinense e precisou ser substituído. A entrada de Élton limitou ainda mais a dinâmica que já estava deficiente. Restou aos rubro-negros arriscarem fora da área e abusar dos cruzamentos até o árbitro finalizar a primeira etapa.
O intervalo não foi suficiente para o técnico Guto Ferreira reparar os erros cometidos pelo Leão. As alternativas ofensivas continuaram poucas e as falhas se mantiveram. Logo aos 2 minutos, Rafael Thyere saiu mal e entregou a bola nos pés de Reis, obrigando Charles cometer a falta na entrada da área e receber o cartão amarelo. A ansiedade das arquibancadas e a necessidade aumentaram a imposição dos jogadores em cima dos catarinenses. A saída de Leandrinho por cansaço e a entrada de Léo Artur contribuiu no crescimento do ritmo.
Aos 13 minutos, a bandeirinha assinalou impedimento duvidoso de Hyuri e anulou o que seria o primeiro gol rubro-negro. Logo em seguida, Reis passou pela defesa adversária inteira e somente parou na perfeita intervenção de Luan Polli. Guilherme respondeu pouco tempo depois em levantamento na área que atingiu a trave do goleiro Paulo Gianezini. Era o Leão quem guiava os caminhos do jogo e o Tigre apenas esperava mais um erro dos defensores adversários.
No entanto, os visitantes provaram do próprio veneno. Aos 33, após cobrança de escanteio, Derlan “abraçou” Hyuri e levou o atacante ao chão na grande área. No mesmo segundo, o árbitro apontou pênalti para o Sport. Guilherme definiu com precisão e fez o delírio da torcida na Ilha do Retiro. A reta final, como de costume, foi tensa para os rubro-negros presentes. A arbitragem anulou outro gol na partida, desta vez dos catarinenses, observando um possível toque na mão de Sandro antes das redes balançarem. Logo depois, o mesmo foi expulso após cotovelada em Charles, o que facilitou a manutenção do placar e a festa nas dependências do Leão.
Folhape