Sport pode perder 10 mandos de campo e levar multa de R$ 100 mil por confusão contra Vasco

Sport e Vasco fizeram, na Ilha do Retiro, neste domingo (16), uma decisão que ficou marcada por cenas lamentáveis protagonizadas por torcedores do Leão. Com o jogo finalizado sem o ‘apito final’, o árbitro Raphael Claus (FIFA-SP) informou, na súmula, que a partida foi encerrada após reunião com os diretores Augusto Carreras, do Leão, e Paulo Bracks, do Cruzmaltino, os treinadores das equipes e o Tenente Coronel da Polícia Militar Washington Souza (leia, abaixo, na íntegra). Isso por falta de segurança no estádio.

Com as observações traçadas pelo árbitro que representará o Brasil na Copa do Mundo, o Leão pode perder 10 mandos de campo e ser multado em R$ 100 mil. Segundo o portal Lei em Campo, o Sport deve ser denunciado pela procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva e receber uma punição pesada. A invasão de campo somada a lançamento de objetos e tentativas de agressão são agravantes para a situação. Além disso, o histórico de punições recentes do STJD ‘joga contra’ o Leão neste momento.

Na súmula ainda consta as expulsões de Luiz Henrique e Raniel, que anotou o gol de empate e provocou a torcida do Sport. Segundo consta no documento, o ex-atacante do Santa Cruz foi retirado de campo “por receber a segunda advertência devido sua atitude antidesportiva de provocar a torcida adversária na comemoração de um gol”. Já o meia vascaíno recebeu o cartão vermelho por jogar um tênis arremessado pela torcida do Sport de volta às arquibancadas.

LEIA AS OBSERVAÇÕES EXTERNAS DA SÚMULA

“Durante a comemoração do gol da equipe do Vasco da Gama, próximo à torcida do Sport, muitos objetos foram atirados ao campo de jogo em direção aos jogadores. Entre eles, pedras, chinelos, tênis, isqueiros e copos com líquido. Nesse momento, a torcida do Sport estourou o portão atrás do gol onde se defendia e começou uma invasão de muitos torcedores. Não somente pelo portão, mas também por outros pontos da arquibancada”.

“Informo que os torcedores agrediram jogadores visitantes que imediatamente correram para o seu vestiário, um senhor e uma senhora bombeiros civis que estavam trabalhando próximos ao portão. Inclusive continuaram sendo agredidos após a senhora
já estar caída e o senhor tentando protegê-la”.

“Após observarmos todas essas ocorrências, vermos muitos torcedores sendo atendidos dentro do campo de jogo e por sentirmos falta de segurança, nos dirigimos ao vestiário de arbitragem, onde me reuni com os dirigentes, os treinadores e o tenente coronel da polícia militar comunicando o encerramento da partida por não sentir segurança em relação a minha integridade física e dos demais profissionais envolvidos no jogo, além do ambiente totalmente impossibilitado para a prática do esporte futebol, a partida foi encerrada”.

“Informo ainda que o comunicado ocorreu aproximadamente 45 minutos após o jogo ter sido paralizado. Cabe o registro que as expulsões dos jogadores do Vasco da Gama, no campo específico da súmula para o tempo das expulsões, inseri o tempo aproximado dos fatos, já que como explicado, não pude apresentar o cartão no campo de jogo”.

Diario de Pernambuco

Pedro Augusto é jornalista e repórter do Jornal VANGUARDA.

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