Mãe e filhos foram presos suspeitos de guardarem armamento de organização criminosa que realizou o assalto com explosivos à agência da Caixa Econômica de Bezerros, no Agreste pernambucano, na madrugada da última terça-feira (2). Os detalhes das prisões foram apresentados nesta quinta-feira (4) pela Polícia Militar de Pernambuco.
Segundo o comandante do 1º do Biesp Antônio Menezes, os suspeitos eram caseiros e guardavam tonéis com armas e fuzis em um sítio no município de Caruaru, também no Agreste. “Recebemos a informação de uma movimentação de carros em um sítio. A nossa equipe foi ao local e se deparou com uma área descampada e, ao cavar o local, encontrou um barril com diversas armas enterradas, além de três carros com armas dentro”, afirmou o comandante.
No local, foram apreendidos quatro fuzis 556, dois fuzis 762, duas pistola calibre .380 e outra 9mm, 160 munições calibre 556, cinco balaclavas (touca ninja), seis pares de placas de colete balístico com capas, quatro capas de coletes sem placas, grande quantidade de grampos usados por bandidos em fuga para furar pneus, um uniforme da PMPE, 12 artefatos de explosivos, uma Hilux, uma Frontier e uma Pajero.
Ainda de acordo com o comandante, ao entrarem no local, os PMs encontraram a mulher e um dos filhos dela, que foram detidos. Eles, que não tiveram o nome nem a idade revelados, disseram não saber da existência das armas no sítio. Segundo o assessor de Comunicação da Polícia Federal, Giovanni Santoro, a partir das informações passadas pelos presos, a polícia chegou ao outro filho da caseira, que foi preso em Gravatá. “A participação do trio é na logística. Um dos filhos da mulher era quem entrava em contato com a quadrilha e fazia com que as armas fossem escondidas no sítio. A mãe contou que um dos filhos tinha envolvimento com o tráfico de drogas, mas que nunca o tinha visto enterrando os armamentos”, afirmou Giovanni.
O trio foi autuado por associação criminosa, posse e porte ilegal de armas de fogo com calibre restrito e vão passar por audiência de custódia. Se condenados, poderão pegar de dois a 12 anos de prisão. “A investigação continua para que possamos chegar a quadrilha que atuou na explosão”, disse Santoro.
Folhape