PMDB e PSDB já medem forças para 2018

O Globo 

Embora o Brasil esteja ainda a dois anos de escolher um novo presidente, as forças políticas deram início, desde o último domingo, a um processo de reorganização de suas estratégias de olho na disputa pelo Palácio do Planalto em 2018. Fiel do governo de Michel Temer, o PSDB expandiu seu domínio sobre o eleitorado aproveitando o declínio da esquerda, em especial do PT. Na visão de analistas políticos consultados pelo GLOBO, o avanço tucano sobre os municípios dá força a uma eventual candidatura do partido à Presidência. Mas é preciso combinar com os peemedebistas.

A partir de janeiro, PMDB e PSDB vão comandar um terço dos municípios do país, o que corresponde a um quarto do eleitorado governado. Para analistas, o domínio rompe a polarização entre PT e PSDB, que marca a política brasileira nas duas últimas décadas. E pode ser ampliado, já que ambos têm candidatos no segundo turno em 33 cidades — em quatro delas, disputam a prefeitura entre si. Juntos, tucanos e peemedebistas podem administrar um orçamento de cerca de R$ 100 bilhões só nas capitais.

Um tem base, outro tem lideranças conhecidas. A lógica de uma aliança desses dois partidos pode gerar uma força muito grande — afirma Roberto Romano, professor de Ética e Filosofia da Unicamp. — O PSDB não tem representação nacional de base que o PMDB tem. Em vez de aproveitar os oito anos do governo Fernando Henrique para ampliar suas bases, o partido passou a depender cada vez mais desse anabolizante que é formar a base aliada no Congresso. Isso tem reflexos até hoje. Nesta eleição, dado o enfraquecimento fantástico do PT, o PSDB recebe um impulso para se expandir. Agora, o problema: terá tempo de fazer bases municipais condizentes para uma concorrência com o PMDB?

2018: Aécio e Alckmin disputam PSB de Pernambuco

Mesmo sem as urnas terem sido fechadas no segundo turno, outra eleição já está em curso: a de 2018. O PSDB nacional vem cortejando o PSB de Pernambuco na tentativa de arregimentar uma aliança para a próxima disputa presidencial. As duas principais lideranças tucanas, o senador mineiro Aécio Neves, que preside nacionalmente o partido, e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, ambos com pretensão de disputar à Presidência da República, não poupam afagos às lideranças socialistas. Enquanto Aécio tenta manter a parceria com os socialistas de Pernambuco, Alckmin já dispõe do apoio do PSB de São Paulo, no qual tem como eixo o seu vice, Márcio França.

Um novo movimento que pode ser sentido neste segundo turno é a tentativa de Geraldo Alckmin de estreitar ainda mais os laços com as lideranças do PSB de Pernambuco. O tucano, aliás, teve um papel fundamental ao agilizar o processo de liberação do corpo do ex-governador Eduardo Campos, em agosto de 2014, após sua morte em um acidente aéreo na cidade de Santos (SP).

Depois de Aécio declarar apoio às candidaturas de Geraldo Julio (PSB), no Recife, e a Antônio Campos (PSB), em Olinda, foi a vez de Geraldo Alckmin se articular entre as lideranças pernambucanas. Ontem, começou a circular um vídeo no WhatsApp em que o afilhado político de Alckmin, o prefeito eleito de São Paulo, João Doria (PSDB), pede votos a Antônio Campos, irmão do ex-governador Eduardo Campos.

Lula na mira da Justiça, PT prepara Wagner para 2018

O Partido dos Trabalhadores começa a preparar o ex-governador da Bahia Jaques Wagner para ser lançado ao Planalto em 2018, diante da segunda denúncia contra Lula da Silva acolhida pela Justiça Federal, revelam grãos petistas.

Outrora plano B, o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, em evidência no 3º colégio eleitoral do País, está enrolado com a Justiça na Operação Acrônimo.

A cúpula do PT já espera a condenação do ex-presidente Lula da Silva pelo juiz Sérgio Moro até ano que vem, e em seguida a inevitável confirmação da sentença em segunda instância, o que tira de vez o Barba da corrida presidencial  por causa da Lei Ficha Limpa.

Por sua vez, o presidente dos Correios, Guilherme Campos, garantiu aos sindicatos de categorias dos funcionários ontem que a estatal não será privatizada, apesar do déficit no caixa.

O Ministro das Comunicações, Gilberto Kassab, e Guilherme Campos também evitaram nova greve dos carteiros e brecaram a série após sete anos de paralisações pontuais. O acordo com os sindicatos foi assinado com reajuste de 9%.

Marina quer Barbosa ou Ayres para vice em 2018

Em conversas reservadas, Marina Silva (Rede) tem afirmado que, se for candidata em 2018, o vice dos sonhos seria um “outsider”. Mas não nos moldes do empresário Guilherme Leal, seu companheiro de chapa em 2010.

Marina confidenciou, segundo relatos de pessoas que estiveram com ela, que pensa em nomes da magistratura. Demonstrou simpatia por Joaquim Barbosa e Carlos Ayres Brito, ex-STF, mas de forma genérica.

Enquanto isso, Temer tem levado às audiências com parlamentares a tabela da fidelidade dos deputados em votações na Câmara. As queixas têm sido menos por votos contrários aos interesses do governo — e mais pelas ausências em decisões importantes.  (Painel – Folha de S.Paulo)

2018: Temer diz a empresários que não será candidato

Da Folha de São Paulo

Em encontro com um grupo de pesos-pesados do empresariado, o presidente interino, Michel Temer, prometeu que não será candidato à reeleição e dará prioridade ao ajuste fiscal para garantir a retomada do crescimento da economia brasileira.

“Eu disse a eles que não vou ser candidato e que informações deste tipo só prejudicam meu objetivo, que é recuperar a economia do Brasil e voltar a gerar empregos”, disse Temer à Folha.

O presidente interino recebeu, nesta quarta-feira (10), oito grandes empresários no Palácio do Planalto, que manifestaram sua preocupação com o andamento da agenda econômica do governo no Congresso Nacional e apoio às reformas propostas pelo peemedebista.

Estavam presentes Carlos Alberto Sicupira (Ambev/Inbev), Carlos Jereissati (Grupo Jereissati), Edson de Godoy Bueno (Grupo Amil), Josué Gomes da Silva (Coteminas), Jorge Gerdau Johannpeter (Grupo Gerdau), Luiz Carlos Trabuco (Bradesco), Pedro Moreira Salles (Itaú Unibanco) e Pedro Passos (Natura).

Recentemente, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), lançou a candidatura de Temer à reeleição caso o peemedebista venha a ser confirmado e termine o atual mandato com aprovação acima de 50%.

“As declarações do Rodrigo foram dadas com boas intenções, mas eu afirmei aos empresários que elas acabam não ajudando na tarefa de governar porque geram incômodos. Por isto reiterei minha posição de não ser candidato à reeleição”, afirmou.

Durante o encontro com Temer, os empresários manifestaram a preocupação com as dificuldades do governo em aprovar medidas de ajuste fiscal, como a renegociação das dívidas estaduais.

Em conversas antes da reunião com o presidente, alguns dos presentes comentaram com a Folha que a avaliação é que “a ficha ainda não caiu” para boa parte do Congresso, que não estaria compreendendo que os governos estão “quebrados” e, mesmos assim, “são aprovados mais gastos”.

O peemedebista disse aos empresários que não irá recuar de sua determinação de adotar medidas para reequilibrar as contas públicas e justificou recentes medidas, como o aumento dos servidores públicos –criticado por analistas de mercado como uma concessão do governo prejudicial ao ajuste fiscal.

Temer disse que ele tinha de cumprir um acordo que havia sido assinado com os servidores pelo governo anterior e destacou que os reajustes foram todos abaixo da inflação do período.

Ele disse ainda que não houve recuo na votação da renegociação das dívidas dos Estados, argumentando que foi mantido o mecanismo essencial, que é a obrigação de os governadores seguirem o teto dos gastos públicos.

Aos empresários, o presidente afirmou que adotará medidas para recuperar a confiança dos investidores no país e que, assim que forem aprovados os projetos do ajuste fiscal no Congresso, serão criadas as condições para a volta dos investimentos e a queda dos juros.

Temer diz não cogitar disputar reeleição em 2018

Folha de S.Paulo 

Diante de informações de que aliados estariam defendendo sua candidatura à reeleição, o presidente interino, Michel Temer, divulgou nota neste domingo (31) afirmando ficar “honrado com a lembrança”, mas disse que não cogita ser candidato a presidente na eleição de 2018.

Neste domingo, reportagem da Folha revelou que pelo menos três ministros próximos a Temer não descartam a possibilidade de Temer, apesar de negar hoje publicamente, vir a se candidatar à reeleição em 2018 caso tenha êxito na sua gestão na hipótese de ser confirmado o impeachment de Dilma Rousseff.

Também hoje, em entrevista ao jornal “O Estado de S. Paulo”, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que, se o peemedebista fizer uma gestão com aprovação de 50% da população, ele deveria ser o candidato da base aliada para ficar mais um mandato à frente da Presidência da República.

Em sua nota, divulgada na manhã deste domingo, Temer diz que “não cogita disputar a reeleição” e que todos os seus esforços estão voltados para garantir a retomada do crescimento econômico.

O presidente interino sempre evitou assumir, publicamente, qualquer possibilidade de se candidatar à reeleição para evitar divisões dentro de sua base aliada, que tem potenciais candidatos a presidente em 2018, principalmente entre os tucanos.

Ele chegou, inclusive, a assumir o compromisso de que não seria candidato exatamente para garantir a aprovação da abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados. Agora, avaliam assessores, a divulgação de tal hipótese pode gerar ruídos quando se aproxima o julgamento definitivo da petista no Senado Federal.

A íntegra da nota divulgada pela Presidência da República, assinada pelo presidente Michel Temer, é esta: “Fico honrado com a lembrança de meu nome como possível candidato em 2018. Mas reitero, uma vez mais, que apenas me cabe cumprir o dever constitucional de completar o mandato presidencial, se o Senado Federal assim o decidir. Não cogito disputar a reeleição. Todos meus esforços, e de meu governo, estão voltados exclusivamente para garantir que o Brasil retome a rota do crescimento e seja pacificado”.

Temer quer ser candidato a presidente em 2018

O presidente interino, Michel Temer nega, mas segundo o colunista Ilimar Franco, ele sonha em ser candidato em 2018. “Para isso, a economia deve melhorar ou a população ter uma sensação de que ela melhorou. A pesquisa IBOPE/CNI, divulgada na sexta-feira, mostra que a avaliação de Temer e de seu governo ainda é ruim, mas que já esteve pior”, ressalta.

“O Temer não é candidato hoje. Mas se ele chegar com 30% de ótimo e bom e 50% de aprovação, ele terá condições de concorrer. Temer vai ser convocado pelo PMDB e aliados”, afirma Antônio Lavareda, que trabalhou nas campanhas.

“A Lava-Jato colocou o PMDB no poder. Temer será competitivo mesmo que a investigação atinja quadros do partido, desde que não seja ele. O atual governo não tem outro nome. Se não der certo para o Temer, não dará para ninguém (de sua aliança)”, diz, por sua vez, João Francisco Meira, do Instituto Vox Populi e ex-integrante da Executiva Nacional do PFL.

PROS quer Gastão candidato a presidente em 2018

gastao

Ex-ministro do Turismo e ex-deputado federal, Gastão Vieira recebeu convite do PROS para se lançar a prefeito de São Luís (MA) na eleição deste ano, com possibilidade de ser o nome do partido na disputa para presidente da República em 2018.

O presidente do PROS, Eurípedes Junior, ofereceu a estrutura da legenda no Estado. Gastão vai fazer pesquisas na praça para sondar a popularidade.

Expoentes do PROS acreditam que Gastão pode ser bom nome e sua migração para o partido afasta sua imagem da desgastada família Sarney, embora o político ainda seja amigo do clã. Contam também o bom trânsito suprapartidário de Gastão.

Armando 2018: hora de botar ‘o ataque’ em campo

Do Blog do Magno

“O Ministério joga no ataque, é ponta de lança, não joga na defesa”

O senador licenciado Armando Monteiro Neto (PTB) tem a chance de recomeçar hoje e pavimentar o caminho para disputar o governo do Estado em 2018, seu sonho desde o início dos anos 2000. Três meses depois de ser derrotado por Paulo Câmara (PSB), ele recebe a transmissão do cargo do ministro do Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio Exterior, Mauro Borges Lemos.

Armando ocupará uma das funções mais importantes da equipe econômica. A pasta sob o seu comando tem o orçamento de R$ R$ 1,2 bilhão para 2015, incluindo três entidades subordinadas. Já o BNDES, também vinculado ao ministério, tem um potencial de desembolso de R$ 150 bilhões. “O ministério joga no ataque”, tem dito ele.

A cerimônia será acompanhada por prefeitos, deputados, senadores, empresários e lideranças sindicais de todo o país. Em nota, o vice-governador, Raul Henry (PMDB), disse que representará Pernambuco no evento porque Paulo Câmara se dedicará às tarefas do Estado ao longo da semana

Segundo Armando, a agenda do ministério precisa ser “de crescimento e desenvolvimento”. Seu principal desafio é melhorar as exportações do Brasil, que tiveram em 2014 os piores resultados em 16 anos. “O Ministério joga no ataque, é ponta de lança, não joga na defesa”, tem repetido o ministro pernambucano.

PT certo de que vai enfrentar Alckmin ou Serra em 2018

Do Blog do Magno

Texto distribuído pela Agência PT de Notícias encampa a análise sobre o ranking da revista Veja que classificou Aécio Neves (PSDB-MG) como o pior senador do País. De acordo com o Partido dos Trabalhadores, que já tem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como pré-candidato à presidência da República, em 2018, o adversário virá de São Paulo – será ou o governador Geraldo Alckmin, batido por Lula em 2006, ou o senador eleito José Serra, superado em 2002.(Do Portal BR 214)

Leia, abaixo, o texto postado pela Agência PT:

Aécio Neves fora da disputa e o ressurgimento das pré-candidaturas presidenciáveis Geraldo Alckmin e José Serra para 2018, pelo PSDB. Essa é a interpretação da mídia para a nota zero que a revista “Veja” deu ao senador tucano e candidato derrotado nas eleições de outubro, Aécio Neves, pela atuação pífia que o mineiro teve no parlamento no decorrer da atual legislatura.

“Será que as elites paulistas já começam a definir que ele (Aécio) não será candidato em 2018? ”, questionou o site Brasil 247 desse sábado (27).

Para o portal, essa é uma explicação plausível para a escolha de Aécio pela revista semanal como “pior senador brasileiro” entre os 81 que compõem o Senado Federal.

“Com Aécio fora do jogo, restam dois favoritos o governador Geraldo Alckmin e o senador José Serra”, especula o Brasil 247, definindo o ranking de Veja como surreal. “A guinada (de Veja) equivale a um cavalo de pau num transatlântico”, comparou.

O noticioso recorda que “Veja sempre foi tucana e rompeu qualquer barreira da ética jornalística na disputa presidencial de 2014”, ao engajar como nunca numa campanha presidencial. Foi a forma que a publicação achou para exercer sua preferência eleitoral anti-petista.

“E se isso não fosse o bastante, Veja ainda deu nota zero para seu desempenho – aquela que nem os professores mais rigorosos cravam nos piores alunos”, observou a 247, que destacou o grande número de internautas que visitaram o ranking de Veja. “Às 17h50, já havia gerado mais de 20 mil compartilhamentos no Facebook”, registrou.

“Ao que tudo, indica Veja decidiu desembarcar de Aécio Neves, a partir de alguma ordem vinda da cabine de comando. Quem terá sido o comandante? O governador Geraldo Alckmin? O senador eleito José Serra? Os banqueiros Roberto Setúbal e Pedro Moreira Salles, do Itaú Unibanco?”, pergunta-se a publicação, para quem Aécio “dificilmente conseguirá se recolocar como candidato presidencial”.

Brasil 247 associou o episódio do ranking à declaração que Aécio deu à Folha de S. Paulo na semana passada, de distanciamento a uma nova tentativa de candidatura. “Talvez por isso mesmo Aécio tenha se mostrado distante de uma nova candidatura, quando foi questionado sobre a possibilidade”, refletiu, transcrevendo a pergunta:

– “Mas o senhor pensa em ser candidato novamente?”, questionou a Folha.

– “Não mesmo. Talvez já tenha cumprido o meu papel. O candidato vai ser aquele que tiver as melhores condições de enfrentar o governo. Meu papel é manter a oposição forte. O governador de São Paulo Geraldo Alckmin] é um nome colocado e tem todas as condições. Outros nomes serão lembrados”, respondeu o tucano. (Márcio de Morais, da Agência PT de Notícias)