Mesmo depois da decisão do juiz federal Sérgio Moro de revogar a prisão temporária de Guido Mantega, o PT permanece apreensivo em relação ao que dirá o ex-ministro da Fazenda depois das revelações feitas na fase “Arquivo X” da Operação Lava Jato.
Petistas ouvidos pelo blog reconhecem que a situação de Mantega ficou extremamente delicada depois do conteúdo do depoimento do empresário Eike Batista relatando que pagou propina no exterior para os publicitários João Santana e Mônica Moura por determinação do próprio ex-ministro.
Segundo petistas, outros depoimentos, como da própria Mônica Moura, poderão influenciar em uma delação premiada de Mantega.
Antes da revogação da prisão, petistas já temiam que a permanência prolongada do ex-ministro da Fazenda na prisão pudesse influenciar numa eventual colaboração.
“Mas claramente Guido está em situação fragilizada tanto do ponto de vista pessoal quanto do ponto de vista jurídico. E isso pode influenciar na decisão de colaboração”, disse ao Blog um integrante da cúpula petista.
Há o temor de que outros empresários também façam relatos semelhantes dentro da Lava Jato como fez Eike Batista ao se antecipar depois do relato de que ele passou recursos ao exterior para os publicitários do PT.