Árvores caem em Caruaru por causa das chuvas

A Empresa de Urbanização, Planejamento e Meio Ambiente de Caruaru (URB) está trabalhando na remoção de seis árvores que caíram em decorrência a última chuva que aconteceu no início desta tarde de quarta-feira (08). Todas as árvores eram da espécie Algaroba, que possui raízes rasas e não são ideais para arborização urbana.

No bairro São João da Escócia, uma árvore localizada em um terreno particular caiu em uma pessoa que infelizmente não resistiu. A Defesa Civil foi acionada e está na área. Outra árvore de grande porte caiu na lateral do prédio da Casa de Saúde Bom Jesus, onde técnicos da URB se encontram para fazer a retirada. Por se tratar de uma árvore grande, estima-se que serão necessárias cerca de 6 horas de trabalho para concluir a remoção e limpeza.

No caso de novas quedas de árvores ou galhos a população pode entrar em contato direto com o engenheiro agrônomo da URB, Evandro Santiago, pelo telefone 8647-1270, que juntamente com a sua equipe está de plantão e à disposição.

Falta de chuvas obriga prefeitura a aplicar adubo mineral para restaurar gramado dos parques

Devido à escassez de chuvas nos últimos meses, o gramado, dos parques de Caruaru, precisou receber um reforço para melhorar o verde e manter a beleza do local. Os trabalhos começaram pelo Parque Municipal Ambientalista Severino Montenegro, no bairro Indianópolis, na manhã de ontem (22).

Um tipo de adubo mineral está sendo aplicado na grama esmeralda para tentar restaurar a cor, que está ficando amarelada por culpa do clima quente e seco. “Percebemos que só a aguação não está sendo suficiente. Por isso, partimos para esse trabalho restaurador e esperamos um ótimo resultado”, destacou Guilherme Guerra, superintendente de meio ambiente.

Até hoje o Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) registrou apenas 3.1mm de chuvas na Capital do Agreste. Esse número repete a tendência do janeiro quente de 2014, quando foi registrado apenas 3.4mm de chuvas. Bem diferente dos números de 2013, quando choveu cerca de 13mm durante janeiro. Mas, a situação se agrava ainda mais porque em dezembro de 2014 não choveu e em novembro caiu apenas 6.8mm de chuva.

O Severino Montenegro ocupa uma área de quatro hectares, sendo um hectare de grama esmeralda e seda. O custo desse investimento na melhoria do gramado é bem baixo, já que 1kg de adubo sai por cerca de R$ 1,00 e tem capacidade para atender 100m² de área.

Está na previsão concluir esse trabalho até o dia 31 deste mês. Em seguida este adubo será aplicado no gramado dos outros parques e praças da cidade.

Chuvas de dezembro abrem caminho para recuperação da caatinga no Projeto São Francisco

Biólogos do Núcleo de Ecologia e Monitoramento Ambiental (Nema) da Universidade do Vale do São Francisco (Univasf) implantam experimentos para os trabalhos de recuperação da caatinga nos trechos afetados pelas obras do Projeto de Integração do Rio São Francisco. Com a chegada da temporada de chuvas, a equipe coloca em prática modelos experimentais de recuperação no município de Cabrobó (PE).

Dois canteiros de obras já receberam viveiros de mudas, que servirão de base para os trabalhos de recuperação. O objetivo é criar um sistema eficiente, de baixo custo e simples, que possa ser replicado ao longo da construção.

Cabrobó é o local ideal para iniciar o processo em razão do cronograma de conclusão do projeto – no município, a construção já se encontra em fase final de testes. O trabalho servirá de base para recuperações da caatinga em direção ao interior de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte.

O trabalho dos biólogos do Nema começou em 2008, com o monitoramento da flora local e o resgate de germoplasmas (sementes, estacas e plantas vivas que formam um banco genético da vegetação nativa). Os pesquisadores registravam as espécies, a interação entre elas e marcavam árvores adultas saudáveis capazes de se tornarem matrizes dessa fonte de variabilidade genética.

“Árvores da caatinga são espécies que já superaram várias secas e nós buscamos, preferencialmente, as sementes dessas plantas”, explica o coordenador do núcleo, Renato Garcia Rodrigues.

Desde então, as sementes são submetidas a beneficiamento (limpeza e polimento) e acondicionadas em uma câmara fria, para formar um banco de reservas na Univasf. Já as plantas vivas e as estacas são transferidas para os viveiros de mudas dos canteiros de obras do projeto. Essas mudas são colocadas em covas, em terreno com a topografia moldada de forma a acumular água.

As espécies nativas que vão recuperar a área afetada foram selecionadas com respeito às ocorrências e simbiose verificadas na natureza, além de estratégias para atrair polinizadores e afastar inimigos naturais – como o bode, criado de forma extensiva na região.

Esse é apenas o começo do trabalho dos biólogos, que continuará após a conclusão das obras do Projeto de Integração do São Francisco. “A recuperação de uma mata nativa é um projeto de longo prazo, mesmo com nosso apoio para acelerar a ação da natureza”, diz Rodrigues.

O projeto

Orçado em R$ 8,2 bilhões, o Projeto de Integração do Rio São Francisco prevê recursos de quase R$ 1 bilhão (quase 12% do total) para programas básicos ambientais, em conformidade com as condicionantes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Trata-se do mais significativo volume de investimentos nas questões socioambientais e arqueológicas do semiárido setentrional. As ações desenvolvidas pelos 38 programas ambientais do projeto possibilitam o conhecimento aprofundado do bioma caatinga, não só no âmbito da fauna e da flora, mas também em diversos aspectos econômico-sociais, arqueológicos e na melhoria de condições de vida de comunidades indígenas e quilombolas na área de impacto do projeto.

O projeto é a mais relevante iniciativa do governo federal dentro Política Nacional de Recursos Hídricos. O objetivo é garantir a segurança hídrica para 390 municípios no Nordeste Setentrional, onde a estiagem ocorre frequentemente, beneficiando mais de 12 milhões de habitantes.

Chuvas beneficiam cidades do Agreste

O inverno no Agreste é de maio a julho, mas as chuvas atípicas registradas nos últimos meses trouxeram alívio para quatro cidades da região abastecidas pela Barragem do Prata.

As cidades de Altinho, Agrestina, Cachoeirinha e Ibirajuba estão recebendo água todos os dias, sem rodízio, em virtude do bom nível do manancial, que está hoje com 84,5% de sua capacidade de acumulação, que é de 42 milhões de metros cúbicos de água.

Além dessas cidades, a Barragem do Prata também contribui de forma significativa para o abastecimento de Caruaru, o maior município da região. Segundo a superintendente do Agreste, Nyadja Menezes, este é o maior nível do Prata desde 2012, tendo em vista a seca nos últimos anos na região.

Em abril deste ano, a Barragem do Prata estava com apenas 40,77% da sua capacidade. O reservatório, que fica na cidade de São Joaquim do Monte, começou a elevar o nível no mês de maio e, até o mês de setembro, estava com 73%. De acordo com Nyadja Menezes, o percentual de 84,5% do Prata irá garantir uma distribuição de água tranquila para as quatro cidades até o próximo inverno.

“Nos últimos três anos tem chovido abaixo da média histórica na região da Barragem do Prata. As precipitações dos últimos meses foram muito importantes para a recuperação do manancial”, disse Nyadja.

Chuvas de outubro alteram cronograma de obras

Diante das chuvas atípicas para o mês de outubro, a Prefeitura de Caruaru precisará alterar o cronograma de todas as obras. Algumas necessitam ser paralisadas e outras estão em ritmo lento. “Assim que as condições climáticas forem favoráveis tentaremos acelerar os trabalhos para que nada seja finalizado com atraso”, explicou Bruno Lagos, secretário de infraestrutura.

De acordo com a Defesa Civil de Caruaru, até o momento já choveu 19mm, o que é completamente incomum para este mês. Isso ocasionou lentidão nas obras da Rua Visconde de Inhaúma e da Avenida Caruaru.

Na Avenida Brasil, os serviços precisaram ser interrompidos porque a obra se apresentava na fase de colocação do asfalto. Mas isso não é possível fazer na chuva. “Lembramos que essa avenida está recebendo uma obra paliativa e que não foi finalizado o serviço ainda. As pessoas estão confundindo a emulsão asfáltica com o asfalto”, comentou Bruno. Ele também enfatizou que realizará os reparos nos locais que abriram buracos antes de asfaltar.

“Vamos entregar a avenida recuperada. Não é uma obra “definitiva” porque o custo é alto e precisamos buscar recursos. Mas a via ficará sem buracos, segura e confortável para trafegar”, finalizou.

Chuvas de outubro já superam mês de setembro em Riacho das Almas

A Secretaria de Agricultura de Riacho das Almas divulgou nesta terça-feira (7) dados sobre o volume de chuvas no município neste mês de outubro. Apesar de já estarmos na primavera desde o dia 22 de setembro, nos dias 5 e 6 deste mês já choveu mais do que em todo o mês passado no município.

De acordo com a Secretaria, em todo o mês de setembro choveu 23 milímetros. Já no cálculo de dois dias do mês de outubro choveu 24 milímetros. Apesar de o nível de chuvas já ter sido superior, o zootecnista da Secretaria Municipal de Agricultura Abelardo Gomes explica que as chuvas não são suficientes para melhorar a situação hídrica do município: “A chuva é animadora, mas ainda não é suficiente para garantir uma situação confortável de armazenamento de água principalmente para o homem do campo e nos mananciais que abastecem nosso município”, afirmou.