FBC acredita que proposta brasileira para a COP 21 será concluída até outubro

A proposta brasileira para a 21ª Conferência sobre o Clima (COP 21), em Paris/França, deverá ser finalizada até o dia 1º de outubro. A previsão foi apresentada hoje pelo senador Fernando Bezerra Coelho (PSB), presidente da Comissão Mista de Mudanças Climáticas (CMMC), que destacou as ações do Brasil dentre as possibilidades de um novo acordo climático global.

As sugestões brasileiras para a redução dos impactos ambientais que ameaçam as mudanças do clima no planeta – voltadas, especialmente, à diminuição da emissão de gases do efeito estufa – serão “equilibradas; porém, ambiciosas”, como avaliaram o senador Fernando Bezerra e os especialistas convidados para a audiência da CMMC: embaixador José Antônio de Carvalho, subsecretário-geral de Meio Ambiente, Energia, Ciência e Tecnologia do Ministério das Relações Exteriores; Adriano Oliveira, diretor do Departamento de Mudanças Climáticas do Ministério do Meio Ambiente, e Tasso Azevedo, coordenador do Sistema de Estimativa de Emissão de Gases de Efeito Estufa do Observatório do Clima (SEEG), além do relator da CMMC, deputado Sérgio Souza (PMDB/PR).

“O Brasil e o mundo devem atuar de forma equilibrada: gerar emprego e renda sem destruir seus ecossistemas”, defendeu Fernando Bezerra. Segundo Adriano Oliveira, as políticas públicas brasileiras voltadas à questão ambiental “estão no trilho correto”. A análise foi reforçada pelo embaixador José Antônio de Carvalho, ao observar que o Brasil reduziu em 41% as emissões de gases de efeito estufa no período de 2005 a 2012.

O embaixador defendeu que durante a COP 21 – que será realizada entre os dias 30 de novembro e 11 de dezembro deste ano – as nações deverão estabelecer um acordo equitativo que viabilize o envolvimento de todos os países no esforço para a redução da emissão dos gases responsáveis pelo aumento do efeito estufa (gerados, principalmente, pelo desmatamento e pela atividade agropecuária). Segundo José Antônio de Carvalho, este acordo também deverá ser indutor de recursos financeiros e de transferência de conhecimentos e tecnologia entre as nações.