Sem Eduardo Campos, PSB elege metade dos governadores de 2010

Dois meses e meio após a morte do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, principal líder e articulador político da sigla, o PSB sai das urnas, em 2014, com a metade do número de governadores eleitos quatro anos atrás. Campos faleceu em agosto, em um acidente aéreo ocorrido na cidade de Santos, no litoral de São Paulo, enquanto disputava a Presidência da República.

Em 2010, o PSB havia conquistado os governos de seis estados: Amapá, Ceará, Espírito Santo, Paraíba, Pernambuco e Piauí. Neste ano, fora Pernambuco, cuja vitória havia sido conquistada no primeiro turno, o partido conseguiu eleger os governadores do Distrito Federal e Paraíba.

Eleito com a maior votação do País no primeiro turno, o futuro governador de Pernambuco, Paulo Câmara, afilhado político de Campos, teve mais de 3 milhões de votos no Estado, o equivalente a 68,08% do eleitorado.

Neste domingo (26), a principal vitória foi a do senador Rodrigo Rollemberg, no Distrito Federal, com 55,56% da preferência do eleitorado e 812 mil votos. É a primeira vez que um socialista chega ao poder no Distrito Federal.

Na Paraíba, o governador Ricardo Coutinho conseguiu ser reeleito com 52,61%. Ele amealhou 1,1 milhão de eleitores em seu estado, depois de ter ficado em segundo lugar no primeiro turno.

Neste segundo turno, outros dois nomes do PSB disputaram o governo de algum estado e saíram derrotado: Camilo Capiberibe, no Amapá, e Chico Rodrigues, em Roraima.

Outros seis candidatos do PSB foram derrotados ainda no primeiro turno: Marcelo Ramos (AM), Lídice da Mata (BA), Eliane Novais (CE), Renato Casagrande (ES), Vanderlan Cardoso (GO) e Tarcisio Delgado (MG).

CONGRESSO – Apesar de perder governadores, o PSB ampliou sua participação no Congresso Nacional. O número de senadores do partido passou de quatro para sete. A bancada da legenda na Câmara Federal foi ampliada de 24 para 34 membros.

Até falecer em plena candidatura presidencial, Eduardo Campos liderava o PSB de modo centralizador. Ele presidia o partido desde 2005, quando o avô Miguel Arraes faleceu.

Político de estatura nacional, Campos conduziu o PSB a um crescimento expressivo nas eleições de 2010 e 2012. As disputas ajudaram a cacifar o pernambucano para a disputa presidencial.

Blog do Jamildo

Número de endividados e inadimplentes cai em outubro

O número de famílias endividadas ou com contas em atraso caiu em outubro deste ano, segundo dados da Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O número de famílias sem condições de pagar suas contas também caiu.

De acordo com a pesquisa divulgada hoje (23), o percentual de famílias com dívidas como cartão de crédito e financiamento, entre outras, caiu de 63,1% em setembro para 60,2% neste mês. Em outubro do ano passado, a taxa era 62,1%.

As famílias que se dizem muito endividadas caíram de 12,6%, em outubro do ano passado, para 11% em outubro deste ano. A maior parte das dívidas é com o cartão de crédito (74,7%). Outras dívidas comuns são com pagamento de carnês (17,3%), financiamento de carro (14,1%), crédito pessoal (9,3%) e financiamento de casa (8,7%).

Os inadimplentes, ou seja, famílias com dívidas ou contas em atraso, passaram de 19,2%, em setembro deste ano, para 17,8% no mês seguinte. Em outubro do ano passado, o percentual era 21,6%. O tempo médio para pagar as dívidas ficou em 58,5 dias.

As famílias sem condições de pagar suas contas ou dívidas somaram 5,4% do total, taxa inferior às registradas em setembro deste ano (5,9%) e em outubro do ano passado (7,3%).

IBGE mostra que vendas do comércio cresceram 1,1% em agosto

O volume de vendas do comércio varejista teve um crescimento de 1,1% na passagem de julho para agosto, depois de duas quedas consecutivas. Segundo a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada hoje (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o comércio acumula altas de 2,9% no ano e de 3,6% no período de 12 meses. Por outro lado, houve uma queda de 1,1% na comparação de agosto deste ano com o mesmo período do ano passado.

A receita nominal de vendas também teve crescimento, de 1,3%, depois de duas quedas consecutivas. Na comparação com agosto do ano passado, a alta foi 5,2%. A receita acumula taxas de 9,2% no ano e 10,1% no período de 12 meses.

Na passagem de julho para agosto, o volume de vendas cresceu em sete das oito atividades pesquisadas, com destaque para equipamento e material para escritório, informática e comunicação (7,5%).

Houve altas também nos segmentos de tecidos, vestuário e calçados (3,2%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (2,5%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (1,6%); combustíveis e lubrificantes (1,4%); móveis, eletrodomésticos (1,3%); e livros, jornais, revistas e papelaria (0,9%).

Apenas o setor de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo teve queda, de 0,1%, no volume de vendas.

Já o varejo ampliado, que também analisa os setores de materiais de construção e veículos, teve uma queda de 0,4% no volume de vendas. Os veículos, motos, peças e partes recuaram 2,5%, enquanto os materiais de construção cresceram 0,2%.

Armando: “Pernambuco precisa elevar seu desempenho na Educação”

Com a presença de mais de mil pessoas no colégio Vera Cruz, no Recife, o senador e pré-candidato ao governo de Pernambuco, Armando Monteiro (PTB), comandou, ao lado do pré-candidato ao Senado, o deputado federal João Paulo (PT), o encerramento do Projeto Pernambuco 14. Na última reunião plenária das 14 realizadas em todo o Estado, Armando destacou o esforço da aliança para coletar sugestões da população, que vão nortear o futuro programa de governo do petebista.

Neste último encontro, os setores mais demandados foram o de saúde, de mobilidade urbana e cultura. Ao todo, no Recife, 629 pessoas se inscreveram para debater e propor ideias em uma das 15 salas temáticas do evento. Segundo Armando, o projeto Pernambuco 14 visitou todas as microrregiões do Estado, indo das Zonas da Mata ao Sertão. Nesses encontros, mais de 20 mil pessoas se engajaram no processo e levaram contribuições para a formatação do programa de governo.

“A essas pessoas, ressalto dois aspectos: a participação entusiasmada e o clima de mobilização popular, além dos debates de qualidade que foram propostos”, salientou. “Recebemos contribuições muito importantes para o nosso futuro programa de governo, que vai ser um programa vivo. O povo pernambucano se tornou mais exigente e quer mais”, acrescentou.

Armando destacou que o futuro programa de governo do PTB para Pernambuco vai ter o timbre da participação popular. “Estamos animados para construir um plano que aponte o caminho para o futuro de Pernambuco”, enalteceu.

Para o conselheiro em Acessibilidade e Inclusão Manuel Aguiar, as políticas públicas para as áreas de educação, saúde e ação social ainda estão distantes de atender às demandas da população. “Temos que acabar com as filas na saúde, temos que ter escolas que atendam a todas as condições de alunos, é o que entendo que Pernambuco precisa avançar ou melhorar”, considerou.

O escritor Sidney Rocha pontuou que o futuro governo deve olhar para a área de mobilidade urbana. “Recife e o Estado inteiro sofrem com um grande fato que vem agravando a malha urbana da sociedade, que é a especulação mobiliária. Se nós não resolvermos essa sangria desatada pelo uso racional do solo estaremos em péssimos lençóis em Pernambuco”, disse.

Ao lado de diversas lideranças que formam o conjunto da aliança política, Armando destacou que formação de sua chapa não se sobrepôs a interesses partidários ou pessoais. “Essa chapa imprime a marca da coerência”, bradou.

Ao avaliar os indicadores socioeconômicos de Pernambuco, Armando Monteiro observou que o Estado avançou muito nos últimos anos, sobretudo depois da aliança com o governo federal, no princípio com o governo Lula e, hoje, com a gestão da presidente Dilma Rousseff. Porém, o pré-candidato ao governo destacou que os índices atuais ainda são alarmantes.

Pré-candidato ao Senado, João Paulo destacou a importância do alinhamento do governo do Estado e das prefeituras com o governo federal.