“A Conjuntura Econômica de Pernambuco: recomendações para driblar a crise”

Convite imprensa - Gestao café

Muito tem sido falado sobre a crise econômica que o Brasil vem passando, que começou a dar maiores sinais em 2015. Desde então, o brasileiro começou a sentir a consequência da crise chegar no bolso com o aumento nos preços de itens que fazem parte de seu dia-a-dia como telefonia, água, energia, combustível, gás de cozinha, tarifa de ônibus, alimentos e impostos. Sem contar com a alta do dólar que tem tomado os noticiários diariamente com picos cada vez mais altos. O fato é que a crise econômica vem pesando no bolso dos brasileiros, impactando na economia doméstica, por refletir nas indústrias que importam materiais para sua produção.

Diante deste cenário formados por taxas de juros elevadas, a inflação alta e o aumento de impostos, gera uma diminuição no poder de compra do brasileiro, consequentemente aumento da taxa do desemprego.

Ainda assim é possível, com organização e paciência, passar por esse momento turbulento sem decretar falência e demissões em massa. É o que diz o consultor empresarial Francisco Cunha, que estará em Caruaru, nesta quarta-feira (23), palestrando para convidados no “Gestão Café” que será realizado na Pães & Delícias Delicatessen. O evento é promovido pela empresa de consultoria em gestão Estratégias & Resultados que está comemorando 20 anos de atuação em Caruaru e irá reunir convidados para ouvir a palestra “A Conjuntura Econômica de Pernambuco: Recomendações para driblar a crise”, onde será discutido os impactos na economia sofridos por uma crise política. “Em meio à crise econômica que vem passando o País, é importante saber que é uma crise muito séria e talvez seja a mais severa desde o tempo do impeachment de Collor. Isso pode acabar fazendo junção de uma crise econômica difícil e uma crise política muito exigente que unidas podem terminar alimentando uma a outra criando dificuldades sérias para empresas e pessoas”, diz Cunha.

Sobre Francisco Cunha: Sócio-diretor da consultoria de gestão TGI, presidente do Conselho de Administração do Instituto Recife de Gestão, arquiteto e urbanista, autor e co-autor de mais de 10 livros sobre gestão empresarial estratégica e sobre aspectos urbanos tais como “Pernambuco Afortunado: da Nova Lusitânia à Nova Economia”, “Um dia no Recife” e “Um dia em Olinda” (guias para fazer turismo a pé), “As lições de Bogotá & Medellin: do Caos à Referência Mundial”, que trata sobre a reurbanização das cidades colombianas e o mais recente “Calçada: o primeiro degrau da cidadania urbana”.

Cinco dicas para driblar a inflação

Em janeiro, o Índice Geral de Preços ao Consumidor (IPCA) bateu o recorde de 1,24%, maior índice desde fevereiro de 2003. A expectativa é que em 2015 o valor acumulado seja de 7,14%.  Os efeitos já podem ser sentidos pelos consumidores, com aumento do preço da eletricidade, combustível, além da alta do dólar.  Eliane Alves, professora de economia do Unifavip/DeVry Brasil, dá algumas dicas para que os consumidores possam amenizar o impacto da inflação.

1. Pesquise preços

Com o aumento dos valores de produtos e serviços, a pesquisa de  preços em diferentes estabelecimentos  continua sendo uma grande aliada, para fugir da inflação. . Ferramentas de busca e aplicativos que comparam preços são grandes aliados nesta tarefa e poupam o tempo do consumidor. Além disso, as redes sociais possuem grupos de compartilhamento de promoções.

2. Busque novas opções de investimentos

Em tempos de inflação em alta, deixar o dinheiro parado é sinônimo de prejuízo. Neste caso, a poupança passa a ser uma opção pouco indicada para investimentos. “Com renda 0,5% + TR, isso dá um rendimento de, aproximadamente, 6,5% a.a., se a inflação é superior a esse valor, você acaba tendo o rendimento reduzido”, explica Amanda.

Neste caso, a poupança é uma opção válida se for para cumprir uma meta em curto prazo: uma viagem de férias ou um curso, por exemplo. Caso contrário, é interessante optar por fundos de investimento, títulos do tesouro e produtos financeiros atrelados a esses títulos e com rendimentos acima da inflação. Deve-se verificar também, o custo da aplicação financeira. Pois, embora algumas tenham rendimento superior ao da poupança, devemos lembrar que sobre o rendimento da poupança não incide nenhum custo (como IOF e IR).

3. Reavalie a necessidade de determinadas compra

“Em tempos de forte instabilidade, é necessário reduzir os gastos para esperar o problema passar”, orienta a professora da DeVry Brasil. É aconselhável evitar assumir grandes dívidas como a aquisição de um carro ou um empréstimo, por exemplo. Uma forma de evitar comprar por impulso é fazer as seguintes perguntas: Eu preciso comprar? Eu posso comprar? Tem que ser agora?

4. Planejamento é a palavra de ordem

É indispensável o uso de uma planilha de controle de gastos, a qual deve ser atualizada com frequência. A fim de que o que foi planejado seja realmente executado. Uma maneira eficaz para evitar compras por impulso, além de ter uma perspectiva dos gastos da família. Adiar a compra de certos itens e esperar promoções também é indicado.  Durante este tempo o consumidor pode ainda reavaliar se realmente precisa, por exemplo, comprar uma nova TV.

5. Mude seus hábitos

O aumento do preço da gasolina pode ser uma oportunidade para aderir à novos hábitos. Se você mora razoavelmente próximo ao trabalho, ir de bicicleta para o escritório, pelo menos alguma vezes por semana, é uma maneira de cortar custos, além de evitar o trânsito. Uma outra opção é dividir o carro com um colega de trabalho ou vizinhos. Além disso, há redes sociais e aplicativos especialmente para quem procura dividir a gasolina.

Para economizar energia, use o ar-condicionado com moderação e preste atenção no tempo gasto no chuveiro e tire da tomada eletrodomésticos que não estão sendo utilizados.

6. Substitua produtos

A alta do dólar significa o encarecimento de itens como vinhos, carnes e matérias primas de produtos de higiene e limpeza. O ideal é evitar ao máximo o desperdício e cortar alguns supérfluos da lista de compras.

Opte por frutas e verduras da estação, que sempre são mais baratos. Levar o almoço para o trabalho também é uma opção que garante uma maior economia no final do mês. Substitua também o uso de algumas marcas, principalmente no consumo de alimentos, setor que geralmente apresenta um grande leque de novas marcas, facilitando assim o consumidor poder comparar preços e consumir, gastando menos.