Compesa inicia obra emergencial em Caruaru

A Compesa começou nesta terça-feira (21), em Caruaru, uma obra emergencial para socorrer a Barragem de Jucazinho, que se encontra com menos de 4% de sua capacidade, consequência da falta de chuvas na Bacia do Capibaribe, que alimenta este manancial. O sistema atendia 15 municípios, entre eles Caruaru.

Para retirar Caruaru  do Sistema Jucazinho e garantir o abastecimento desta importante cidade do Agreste pernambucano, a Compesa optou por uma obra que irá permitir a inversão do fluxo de água na Estação de Tratamento de Água (ETA) do bairro de Petrópolis para a ETA Salgado, que recebia apenas água de Jucazinho. Assim, a ETA Salgado passará a receber água da barragem do Prata.

Com essa alteração, o município de Caruaru será abastecido exclusivamente pelo Prata. O manancial está com 67% de sua capacidade. “A Compesa está investindo R$ 1,3 milhões nessa intervenção, com o objetivo de assegurar uma sobrevida a Jucazinho, para que possa ainda atender os outros 12 municípios que não dispõem de outra fonte hídrica”, explicou a gerente regional da Compesa, Nyadja Menezes. Além de Caruaru, ficarão de fora as cidades de Bezerros e Gravatá, que possuem outras fontes de abastecimento.

A previsão é que a obra seja concluída em 30 dias úteis. A expectativa é melhorar o abastecimento para os bairros do Salgado, Cedro, Cidade Jardim, Inocoop, José Antônio Liberato, Monte Sinai, além do Alto do Moura e do sítio de Lagoa de Pedra.

Sem a contribuição de Jucazinho, será necessário ampliar o racionamento de água na cidade. “O aumento, porém, será menor do que o previsto devido a algumas ações que a Compesa está implementando, entre elas instalação de novos registros na cidade, substituição de tubulações, além de ações de controle operacional para melhor aproveitamento da água disponível.

Desde que passou a ser utilizada para abastecimento humano, em 2004, este é o pior desempenho da barragem de Jucazinho, localizada no município de Surubim, em decorrência da seca que atinge o Agreste pelo quinto ano consecutivo. Com menos de 4% de sua capacidade, a Compesa se prepara para utilizar o volume morto do manancial, a fim de evitar o colapso do abastecimento em 12 municípios da região atendidos pelo reservatório.