Nova alta dos juros prejudica recuperação da economia, adverte a CNI

A nova elevação da taxa Selic – juros básicos da economia – atrasa a recuperação da economia, criticou a Confederação Nacional da Indústria (CNI). De acordo com a entidade, os juros altos punem a atividade produtiva, pois encarecem o capital de giro das empresas, inibem os investimentos e desestimulam o consumo das famílias.

Em comunicado, a CNI informou que a elevação da taxa Selic para 13,75% ao ano agrava o quadro de retração da atividade industrial. Para a confederação, o Banco Central deveria levar em conta que o aumento do desemprego e a queda da atividade econômica ajudam a segurar os preços, eliminando a necessidade de a autoridade monetária continuar a reajustar os juros. A política de corte dos gastos públicos, destacou a CNI, também ajuda a controlar a inflação.

Para a entidade, a combinação das políticas fiscal (corte de gastos públicos) e monetária (juros básicos) diminuiria o impacto do ajuste econômico sobre os produtores e os consumidores. “A indústria destaca que o esforço fiscal do governo é importante para a recuperação da confiança dos empresários e para diminuir a necessidade de novos aumentos dos juros. A combinação das políticas fiscal e monetária aliviaria o custo do ajuste para as empresas e os consumidores e permitiria a retomada gradual da produção”, concluiu o comunicado.

Caixa sobe juros de financiamentos da casa própria com recursos da poupança

Os mutuários que pretendem financiar a compra da casa própria com recursos da poupança podem preparar o bolso. A Caixa Econômica Federal reajustará os juros das operações contratadas por meio do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). A justificativa foi o aumento na taxa Selic (juros básicos da economia), que subiu nos últimos meses e está em 11,75% ao ano.

As novas taxas valem para financiamentos concedidos a partir de domingo (19). De acordo com a Caixa, os mutuários que já assinaram contrato não terão mudança. Os imóveis financiados com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) ou pelo Programa Minha Casa, Minha Vida também não sofrerão alterações.

No Sistema Financeiro da Habitação (SFH), apenas a taxa para quem não é correntista da Caixa não mudou, sendo mantida em 9,15% ao ano. Para os correntistas do banco, os juros subirão de 8,75% para 9% ao ano. Os mutuários com conta na Caixa e que recebem salários pelo banco passarão a pagar 8,7% ao ano de juros, em vez de 8,25% ao ano.

Para os servidores públicos, a taxa aumentará de 8,6% para 8,7% ao ano para os correntistas. Para os servidores com conta na Caixa e que recebem salário pelo banco, os juros passarão de 8% para 8,5% ao ano.

O SFH financia até 90% de imóveis de até R$ 650 mil. Em São Paulo, no Rio de Janeiro, no Distrito Federal e em Minas Gerais, o valor máximo de avaliação do imóvel corresponde a R$ 750 mil. As linhas do SFH tem custo efetivo máximo limitado a 12% ao ano. O custo efetivo máximo engloba juros e impostos sobre a linha de crédito, mas exclui gastos com seguros e taxas de administração.

No Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI), que segue regras de mercado e não tem limite de valor para os imóveis, a taxa para quem não tem vínculo com a Caixa subirá de 9,2% ao ano para 11% ao ano. Para os correntistas do banco, os juros passarão de 9,1% ao ano para 10,7% ao ano. Quem tem conta no banco e recebe salário pela Caixa passará a pagar 10,5% ao ano de juros, em vez de 9% ao ano.

No caso dos servidores públicos, os juros também subirão de 9% ao ano para 10,5% ao ano. Para servidores com conta na Caixa e que recebem salário pelo banco, os juros saltarão de 8,8% ao ano para 10,2% ao ano.

Em Gravatá, prefeitura oferece até 100% de descontos sobre juros e multas

A Prefeitura de Gravatá através da Secretaria de Finanças está oferecendo uma oportunidade para quitar o IPTU, ISS e Alvará. Os contribuintes terão até 100% de descontos sobre juros e multas. Os descontos em juros e multas são válidos para quitar ou parcelar débitos de exercícios anteriores a 2014. Se o pagamento for em quota única (à vista) o desconto é de 100% nos juros e multas, e 50% se o pagamento for em parcelas sucessivas em até 09 vezes.

Os plantões aos sábados acontecem das 9h às 13h nos meses de janeiro, abril e junho, nas seguintes datas: Janeiro – 10, 17, 24 3 31. Abril – 4, 11, 18 e 25. Junho – 6, 13, 20 e 27. O benefício oferecido aos contribuintes está em vigor desde o dia 16 de dezembro, de acordo com a Lei nº 3.667/2014. O prazo para este benefício é temporário e está vigente até 30 de junho de 2015.  O benefício é instituído pela Lei nº 3.667/2014. O IPTU de 2015 estará disponível no site www.prefeituradegravata.pe.gov.br a partir de janeiro.

Os interessados devem procurar a secretaria de segunda à sexta-feira das 7h às 13h horas, aos sábados das 9h às 13h nos meses de janeiro, abril e junho. Mais informações pelo telefone (081) 3563-9009. A Secretaria de Finanças fica na Rua Rui Barbosa – Centro, em frente a Igreja da Matriz.

Fernando Bezerra Coelho quer juros mais baixos para polo de confecções

O candidato ao Senado pela Frente Popular de Pernambuco, Fernando Bezerra
Coelho (PSB), defendeu juros menores para os micro e pequenos
empreendedores do polo de confecções do Agreste. Fernando lembrou que para
comprar uma máquina de costura, equipamento básico para a produção, a taxa
de juros dos bancos públicos pode chegar a 7%.

“É uma taxa muito alta, que inviabiliza os negócios e acaba gerando
verdadeiras gambiarras. O que temos que fazer é buscar taxas diferenciadas,
com juros a menos de 3%, beneficiando quem produz. Assim vamos gerar mais
renda e empregos”, afirmou Fernando Bezerra em Vertentes, uma das cidades
integrantes do polo de confecções de Pernambuco, durante giro da Frente
Popular pelo Agreste.

Ele acredita que a cadeia produtiva da confecção pode ser fortalecida, com a produção do poliéster que será gerado a partir da refinaria Abreu e Lima. “Temos que nos preparar para este momento, estimular mais a produção, qualificar a mão de obra, para que nosso produto possa ganhar mais mercados dentro e fora do Brasil”.

O polo de confecções emprega hoje perto de 150 mil pessoas, em 18
municípios do Agreste estadual, envolvendo quase 20 mil empreendimentos. A
movimentação econômica supera a marca de R$ 1 bilhão por ano, resultado das
842 milhões de peças produzidas. Quase 80% dos trabalhadores do setor tem
entre 18 e 40 anos.