Klabin é reconhecida como referência mundial em adoção das melhores práticas florestais

A Klabin, maior produtora e exportadora de papéis do Brasil, foi eleita a empresa que mais incentivou as boas práticas de manejo florestal, abordando o controle de seus impactos e a implementação de ações a partir do engajamento de seus fornecedores sua cadeia de fornecimento, certificação e rastreabilidade de sua madeira como forma de garantir uma cadeia de valor livre de desmatamento.

O reconhecimento foi feito em relatório produzido pela CDP (Carbon Disclosure Project), organização internacional sem fins lucrativos que impulsiona as economias sustentáveis. A pesquisa foi feita com 152 empresas do mundo inteiro, de variados setores, e elegeu as 11 companhias que mais evoluíram em 2013.

Entre os destaques de “implementação” o relatório ressalta o apoio da Klabin na iniciativa de certificação de pequenos produtores no Paraná. Esse grupo recebeu uma das mais renomadas certificações florestais do mundo, o FSC® (Forest Stewardship Council®). O selo reconhece o manejo florestal responsável e permite que os fomentados certificados comercializem a madeira com maior valor agregado, o que traz benefícios para toda a cadeia produtiva.

“Para a Klabin esse reconhecimento é muito importante, ele reafirma que todo o trabalho realizado pela companhia contribui para o desenvolvimento de um mercado de melhor valor agregado em toda sua cadeia”, afirma Ivone Namikawa, coordenadora de Sustentabilidade Florestal da Klabin.

Iniciativas como esta reforçam o compromisso com o desenvolvimento sustentável da Klabin em todas as suas atividades, buscando continuamente criar valor a partir do equilíbrio entre as esferas econômica, social e ambiental.

Sobre a Klabin     

A Klabin, maior produtora e exportadora de papéis do Brasil, produz papéis e cartões para embalagens, embalagens de papelão ondulado, sacos industriais e madeira em toras. Fundada em 1899, possui atualmente 14 unidades industriais no Brasil e uma na Argentina. Está organizada em três unidades de negócios: Florestal, Papéis (papelcartão, papel kraft e reciclados) e Conversão (papelão ondulado e sacos industriais).

Toda a gestão da empresa está orientada para o Desenvolvimento Sustentável, buscando crescimento integrado e responsável, que une rentabilidade, desenvolvimento social e compromisso ambiental. Em 2014, a Klabin integra, pela primeira vez, o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), da BM&FBovespa. Também é signatária do Pacto Global da ONU e do Pacto Nacional para Erradicação do Trabalho Escravo, buscando fornecedores e parceiros de negócio que sigam os mesmos valores de ética, transparência e respeito aos princípios de sustentabilidade.

Evento em Caruaru lembra Dia Mundial em Memória das Vítimas do Trânsito

Sensibilizar os condutores sobre os riscos da imprudência no trânsito. Esse é o objetivo da ação em lembrança do Dia Mundial em Memória das Vítimas do Trânsito, promovida pelo Grupo Ser Educacional através da Faculdade Maurício de Nassau de Caruaru e do Instituto Ser Educacional. Culto ecumênico e apresentações culturais serão algumas das atividades realizadas no dia 14 de novembro, às 10h, próximo ao Crucifixo Automotivo, localizado no  Entroncamento da BR 232 com a BR 104, km 68, 1.215 (antigo Hotel do Sol).

O evento, que conta com a parceria do Detran-PE, tem como foco principal a violência causada pela motocicletas. A estimativa do Comitê de Prevenção aos Acidentes de Moto, o Cepam, indica que até dezembro 820 mortes podem acontecer. “Esse tipo de veículo tem vitimado muita gente. Também não esqueceremos dos carros”, destaca o diretor da Faculdade Maurício de Nassau Caruaru, Paulo Palmeira. Os familiares poderão participar levando fotos dos seus parentes que perderam a vida por causa da violência no trânsito. Alunos de escolas públicas também estarão presentes no ato.

O Crucifixo Automotivo tem aproximadamente 20m de altura e foi criado com seis carros semi destruídos após graves acidentes. No alto do crucifixo foram fixados os restos de uma motocicleta como símbolo dos acidentes sofridos por motociclistas  pernambucanos vitimados por graves acidentes. “O monumento é um instrumento contínuo para reflexão e conscientização a respeito dos cuidados que se deve ter no trânsito”, ressalta Paulo Palmeira.unnamed

O Dia Mundial em Memória das Vítimas do Trânsito é lembrado sempre no terceiro domingo de novembro. Foi criado em 1993 por RoadPeace, uma organização de caridade do Reino Unido em prol das vítimas de acidentes rodoviários. Desde então a RoadPeace, a Federação Europeia e as organizações parceiras, realizam essa manifestação em todo o mundo.

Opinião: Brasil será potência mundial

Por LUIZ FLÁVIO GOMES

No decurso da Copa do Mundo recebi e conversei muito com alguns amigos estrangeiros. Eles estavam encantados com nosso país, com a hospitalidade, com a culinária, suas belezas naturais, suas cidades pujantes, estádios bonitos etc. Um deles, visivelmente o mais entusiasmado, dizia que o Brasil se converteria, em breve, em uma grande potência mundial, “na ciência e na tecnologia, na educação e na cidadania, no agronegócio e na indústria, na produtividade e na competividade etc.”

Fiquei me perguntando qual seria o milagre que iria transformar nosso país em um paraíso. É certo que não podemos negar as qualidades extraordinárias do Brasil, mas ao mesmo tempo sabemos que estamos mergulhados num caos profundo, sobretudo porque sempre fomos governados por pessoas que sempre pensaram mais nelas que nos interesses gerais.

Ponderei aos meus amigos que somos dois brasis (um com a proa voltada para a civilização e outro muito atrasado – Brasildinávia e Brasilquistão). Somos cordiais (agreguei), mas matamos 57 mil pessoas por ano; somos hospitaleiros, mas campeões do mundo em violência contra os professores; matamos 12 mulheres a cada 24 horas, 130 pessoas diariamente em acidentes de trânsito etc.

Ao meu interlocutor ainda sublinhei o seguinte: como pode o Brasil vir a ser uma potência mundial respeitada, se ele conta ainda com tanta violência (e a violência é sinal de atraso e de barbárie, não de evolução). Dei-lhe alguns números: em 1980, o Brasil era o quarto país mais violento do mundo, dentre 23 (só temos dados disponíveis de 23 países nesse ano). Em 1995, dentre 80 países, passamos para a sexta posição. Já em 2000, passamos a ser o sétimo mais violento do mundo, num total de 98 países: pouco avanço, devido ao aumento contínuo na taxa de mortes.

Em 2010, de acordo com levantamento realizado pelo Instituto Avante Brasil, o Brasil passou a ser o 20º país mais violento, dentre 187 países. Em 2012, nesse grupo, chegou ao 12º lugar. Em 2010, o Brasil foi responsável por 52.260 homicídios, ou uma taxa de 27,3 mortes para cada 100 mil habitantes; em 2012, apresentou um crescimento de 7,8% em números absolutos, registrando 56.337 mortes e uma taxa de 29 para cada grupo de 100 mil habitantes.

Com esses números, perguntei, como pode o Brasil se tornar uma potência mundial? Ele me respondeu:

“Há muita coisa para se fazer, porém, uma delas será absolutamente imprescindível, porque é a primeira de todas: reconhecer que a cultura do Ocidente está em franca decadência. Essa é a raiz de praticamente todos os problemas dos países ocidentais, que estão ameaçando concretamente o futuro das gerações vindouras; as pessoas estão perdidas e as instituições se encontram falidas. Tudo isso nos impede de viver uma vida plena e satisfatória. Algumas das nossas sociedades estão invertebradas. Outras são, desde a origem, invertebradas, sobretudo do ponto de vista moral e ético”.

Lamentavelmente, eu disse, o Brasil se encaixa no segundo grupo: somos um país invertebrado moralmente, desde o descobrimento (em 1500). Essa é a nossa peste invisível, que aqui se espalhou com a postura individualista e extrativista dos conquistadores, que transmitiram esse vírus maligno de geração em geração, corroendo de forma profunda a espinha dorsal que rege as relações humanas e sociais, afetadas até à raiz pela nossa forma de pensar, nossas opiniões, nossos juízos e nossos atos, pouco comprometidos com a vida saudável em sociedade.

Meu interlocutor concluiu: “O bloqueio ético que invadiu a cultura ocidental nos impede de pensar coletivamente. Cada um busca a satisfação exclusiva dos seus interesses, a realização dos seus desejos (cada um por si e ninguém pelo todo). Essa é uma cultura nitidamente alienante e decrépita, que altera nossa capacidade de raciocinar, assim como nossos sentidos e chega mesmo a destruir nossa própria identidade e nossas ideias, projetando-nos para um niilismo absoluto, onde reina a ausência de regras (anomia) e de autoridade, assim como de crenças coletivas e tradições”.

Antes que ele encerrasse seu discurso indaguei: “Vivemos ao sabor dos ventos, sendo indiferente para nós se eles sopram para a esquerda ou para a direita, para frente ou para trás, para o progresso/civilização ou para a barbárie?”.

Ele prosseguiu: “Nada mais atinge nossa sensibilidade, ainda que se trate de um ato extremamente cruel e desumano. Somos indiferentes à dor alheia, ao sofrimento dos demais. As sociedades invertebradas estão fulcradas na crença e no pensamento de que só se considera como realização pessoal a que se alcança mediante a satisfação dos desejos mais primários, das pulsões mais primitivas, que passaram a constituir o padrão de referência para valorar as consequências dos nossos atos.

O bem absoluto é a satisfação dos nossos interesses, pouco importando o que eles significam para o progresso ou retrocesso da comunidade, da ética e da moral. O bem supremo da vida é a realização do nosso desejo, dos nossos interesses, ainda que alcançados por meios aéticos e imorais, ainda que conquistados por formas tortas e deploráveis, com violação das frouxas e fluidas regras procedimentais. Trocamos a razão objetiva pela razão subjetiva, ou seja, pelo que manda a vontade de cada um, sem considerar que os humanos não vivemos isolados dos outros humanos”.

LUIZ FLÁVIO GOMES, jurista e diretor-presidente do Instituto Avante Brasil.