PMDB exibe programa na TV para dizer que o país ‘quer e deve mudar’

Da Folha de S. Paulo

Principal aliado da presidente Dilma Rousseff no Congresso, o PMDB fará mais uma demonstração de seu distanciamento do governo nesta semana, exibindo na televisão oito filmes publicitários em que as principais lideranças do partido dirão que o país precisa de mudanças.

“O Brasil é um só, e sempre vai ser maior e mais importante do que qualquer governo”, diz em um dos anúncios o vice-presidente Michel Temer, que na semana passada se afastou da função de articulador político do governo com os partidos aliados.

“A nação quer mudar, a nação deve mudar, a nação vai mudar”, diz em outro filme o ex-ministro Moreira Franco, um dos principais aliados de Temer na cúpula do PMDB, citando o deputado Ulysses Guimarães (1916-1992), um dos fundadores do partido.

Os oito filmes, cada um com 30 segundos de duração, serão veiculados a partir da terça-feira (1), nos intervalos comerciais da programação das emissoras de TV, no espaço reservado pela legislação para a propaganda partidária.

Os anúncios irão ao ar num momento em que o PMDB emite sinais cada vez mais fortes de descontentamento com o governo e a maneira como Dilma lida com a crise política e econômica em que seu governo mergulhou.

Depois de se afastar das negociações de cargos e verbas com partidos aliados, Temer avisou Dilma na semana passada que considerava inviável seu plano de recriar a CPMF, o imposto sobre transações financeiras extinto em 2007.

Neste sábado (29), o governo decidiu abandonar a ideia da contribuição, após avaliar que a resistência apresentada por políticos aliados e empresários tornava sua aprovação pelo Congresso impossível.

As principais lideranças do PMDB aparecem nas peças publicitárias, incluindo os presidentes do Senado, Renan Calheiros (AL), e da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (RJ). Os dois são investigados por suspeita de participação no esquema de corrupção descoberto na Petrobras.

Em uma das propagandas, a deputada Simone Morgado (PA) cita dois “mandamentos” de Ulysses Guimarães que estão na “ordem do dia”: “O primeiro é que, diante de uma crise, a melhor atitude a ser tomada é a do diálogo”.

Moreira Franco completa a mensagem: “Hábil e conciliador, ele dizia: vamos sentar e conversar. No outro [mandamento], ele é claro e direto: a nação quer mudar, a nação deve mudar, a nação vai mudar”. Ulysses usou a frase no discurso que fez na promulgação da Constituição de 1988.

‘GRANDEZA’

Em outro peça publicitária, o vice-presidente reconhece que a situação do país é difícil. “O momento pede equilíbrio, pede grandeza”, afirma Temer, usando a mesma palavra escolhida pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) há duas semanas para sugerir a renúncia de Dilma como uma solução para a crise política. “A hora é de diálogo, de ouvir, de reunificar a sociedade”, diz o vice-presidente.

Há três semanas, Temer surpreendeu os políticos ao dizer numa entrevista que o país precisa de “alguém” capaz de “reunificar a todos”.

A frase foi interpretada por ministros petistas como uma tentativa do peemedebista de se credenciar para assumir a vaga da presidente no caso de seu afastamento, o que ele nega que fosse sua intenção.

APAZIGUADOR

Responsável pelos anúncios, o publicitário Elsinho Mouco disse à Folha que o objetivo é mostrar que “o PMDB de Temer é fundamental para apaziguar os ânimos e ajudar na governabilidade”.

Em sua aparição, Renan Calheiros repete Temer. “Governos passam, e o Brasil sempre vai ser maior do que qualquer governo”, afirma.

Cunha, que rompeu com o governo em julho e foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República ao Supremo Tribunal Federal, diz que seu “dever” como presidente da Câmara é “defender sua independência, cumprir rigorosamente a Constituição e, acima de tudo, priorizar o que é de interesse da sociedade”.

PSB e PMDB de PE divergem sobre saída da crise

Por AYRTON MACIEL
Do Jornal do Commercio

Aliados no Estado desde 2012, na eleição do Recife – após o reencontro político dos ex-governadores Eduardo Campos e Jarbas Vasconcelos –, PSB e PMDB caminham, em Pernambuco, em sentidos opostos em relação ao desfecho da crise política nacional e a proposta de impeachment da presidente Dilma (PT). O governador Paulo Câmara (PSB) e o vice Raul Henry (PMDB) se posicionaram em campos opostos, neste sábado, no tradicional almoço de aniversário de Jarbas, na sua casa do Janga, com o socialista ressaltando “não haver elementos” e o peemedebista pedindo a construção do impedimento baseada em “pressupostos constitucionais”.

Num dia em que o deputado federal e anfitrião Jarbas, que completa 73 anos, evitou falar em política, o governador socialista e o vice peemedebista propuseram saídas distintas para a crise de relação entre a presidente Dilma e a Câmara dos Deputados e a extensão do escândalo do Petrolão sobre a Presidência, que tem aprofundado a recessão econômica no País. Paulo pediu “um pacto nacional”, uma unidade do País para melhorar o anbiente econômico, enquanto Raul defendeu o impeachment como fator de “retomada do nível de confiança” dos investidores e da atividade econômica.

O governador afirmou ter convicção de que o momento é de busca de um pacto para o País voltar a crescer e alertou que não fará bem ao País, aos Estados e municípios acreditar na ideia do “quanto pior, melhor”. “Não vejo elementos para o impeachment. Sou a favor das investigações. Investigue-se tudo. Renúncia é uma questão pessoal, não cabe juízo de valor, mas respeito as instituições, respeito a democracia, entendo que a presidente Dilma tem um mandato a cumprir. Quero que o Brasil volte a crescer e a ter condições de superar seus problemas”, destacou.

O vice-governador Raul Henry entende que será “muito difícil” o País atravessar mais três anos de governo com a taxa de confiança atual na economia. Apontou, ainda, os avanços das investigações agora sobre as bases (de financiamento) da campanha de reeleição de Dilma. “O impeachment, preservando os aspectos constitucionais, seria o melhor caminho ou a renúncia. Se acontecer os indícicios, as evidências de que a eleição dela está viciada, então caminharemos na direção do impeachment. Vamos viver um processo muito intenso daqui pra frente. O Brasil vai viver grandes acontecimentos”, avaliou.

Em direção contrária, Paulo Câmara ressaltou que a só melhoria do ambiente político – que passa por um pacto de tolerância – e que hoje afeta negativamente os negócios do País, fará a economia reverter seus indicadores “ A situação econômica não vai melhorar de uma hora para a outra, mas a previsibilidade, a confiança, as pessoas voltarem a planejar, isso só vai voltar a acontecer com a melhoria do ambiente político”, rebateu.

Temer será alternativa de poder, avalia PMDB

Da Folha de S.Paulo

Prestes a deixar o comando da articulação política, Michel Temer (PMDB-SP) caminha para se consolidar como alternativa de poder ao governo, avalia seu partido, o PMDB.

Para alguns dos principais integrantes da legenda, o vice-presidente da República é o beneficiário direto da crise tanto na hipótese de um desfecho dramático, caso de uma interrupção do mandato de Dilma Rousseff, quanto na possibilidade de a petista seguir no cargo fragilizada até 2018, o que aumentaria a influência interna de Temer no papel de fiador político.

A única saída que não inclui o peemedebista está no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que analisa pedido da oposição para anular as eleições do ano passado. Um desfecho assim excluiria a ambos.

Dilma conseguiu respirar melhor nos últimos dias graças ao apoio de empresários contrários à tese do impeachment e à recuperação do diálogo com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

As investidas do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a favor de projetos com forte impacto fiscal sedimentaram entre os chamados barões do PIB (Produto Interno Bruto) o temor de que a guerra política exaurisse as chances de recuperação econômica no médio prazo.

Conforme esses relatos, Temer está mais fortalecido, mas ainda precisa mostrar ser capaz de controlar Eduardo Cunha, o que não ocorreu nas últimas semanas, e sinalizar que ele pode, de fato, reunificar o país, o que inclui o PT, caso a tarefa de administrar o país caia no seu colo.

Dois movimentos recentes de Temer ajudam a corroborar o sentimento de que, cuidadosamente, ele se afirma como alternativa de poder. Em palestra para investidores em Nova York, em julho, o vice-presidente surpreendeu ao dizer que, se fosse presidente, manteria Joaquim Levy no Ministério da Fazenda.

Em agosto, Temer disse que o país precisa de “alguém [que] tenha a capacidade de reunificar a todos”.

Apesar das sinalizações, aliados afirmam que intenção de Michel Temer sempre foi ajudar a debelar a crise.

Temer defende Cunha e diz que relação entre PMDB e governo é institucional

Da Agência Brasil

O vice-presidente Michel Temer usou hoje (25) o Twitter para dizer que não participa de “movimento contra o presidente da Câmara”, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O parlamentar foi citado no depoimento de um dos delatores do esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato, Júlio Camargo, que o acusa de ter recebido R$ 5 milhões em propina.

Cunha nega a acusação, mas pode vir a ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República ao Supremo Tribunal Federal.

“Não participo de movimento contra o presidente da Câmara. As relações entre governo, Câmara dos Deputados e PMDB devem ser institucionais, tendo em vista os interesses do país”, escreveu Temer na rede social. A mensagem foi compartilhada por Cunha minutos depois, também pelo Twitter.

A bancada do PMDB na Câmara dos Deputados também saiu em defesa de Cunha e informou que não aceitará “especulações que visem a enfraquecer a autoridade institucional do presidente da Câmara”, segundo nota divulgada na noite de ontem (24).

No texto, os deputados peemedebistas argumentam que a democracia prevê o direito à ampla defesa e criticam a especulação sobre a participação de Cunha no esquema baseada apenas nas informações do delator. “Na democracia, diferentemente das ditaduras, todos os cidadãos, sem exceção, estão sujeitos a investigação, não importa quanto poder ou riqueza possuam. É isso o que ora assistimos no país. Mas a democracia prevê também o direito à ampla defesa. Não existe julgamento sumário”.

Para Raul Henry, PMDB pode fazer alianças em 2016

Do Blog da Folha

A pouco mais de um ano para as eleições municipais, o vice-governador de Pernambuco, Raul Henry (PMDB), assumiu a presidência estadual da legenda, neste sábado (18). A ideia, de acordo com o dirigente, é esperar até o final de setembro para se ter uma noção do tamanho do partido no próximo pleito municipal. E, a partir daí, dar início às articulações para as eleições de 2016.

“Não estamos começando articulações para eleições. Estamos num processo de fortalecimento do partido. De fazer o partido crescer com qualidade. É claro que essas pessoas que se filiam têm projetos eleitorais. Mas a formação desses projetos só se dará no próximo ano quando a gente de fato for discutir eleição municipal e vai discutir o arco de alianças em cada município do Estado”, garantiu.

Questionado sobre a relação do PSB, do governador Paulo Câmara, com o PMDB, Raul Henry afirmou que acredita em alianças em diversos municípios de Pernambuco. O peemedebista também disse que conversa com o gestor socialista com frequência sobre o assunto.

“Eu acho que nós faremos aliança em grande parte dos municípios de Pernambuco. Em outros municípios, onde a realidade política não permitir, cada um vai seguir seu caminho. O exemplo de Petrolina é claro, nós temos um prefeito do PMDB que disputou eleição com um candidato do PSB. E lá a política é muito radicalizada. Dificilmente nós faríamos uma aliança em Petrolina. Há municípios como Caruaru, também; o que se fala hoje nas colunas políticas é que Caruaru pode ter três candidaturas, uma do PSB, uma do PDT e a nossa do PMDB. Isso tudo é muito natural para a gente. A gente tem conversado sobre isso com a direção do PSB. Eu, pessoalmente, tenho conversado quase que diariamente com o governador Paulo Câmara, ele tem acompanhado tudo isso. Nós compreendemos isso como um processo absolutamente natural”, disse.

Ele citou, ainda, a eleição de 2014 que, em alguns municípios, o PMDB teve o apoio de forças antagônicas. “Caruaru é um exemplo, Vitória de Santo Antão é outro exemplo. Então há um conjunto de exemplos em que nós tivemos o apoio de duas forças que vão querer disputar eleição municipal. Uma pelo PSB, outra pelo PMDB, pelo PR, pelo PCdoB, pelo PSD, pelos partidos que compõem essa aliança”, explicou.

Henry disse também não ter, ainda, uma meta de candidatos ou prefeitos para o próximo pleito. Segundo ele, o partido vai trabalhar com intensidade até o final de setembro e a partir de setembro poder ter, pelo menos, uma noção do tamanho que o partido terá na próxima eleição municipal.

“É claro que será uma expectativa que a gente vai ter, mas muitas alianças vão se dar no próximo ano. Lugares onde potencialmente o partido pode ter um candidato a gente pode chegar à conclusão que é melhor fazer uma aliança e não ter o candidato. Em outros lugares, onde a gente não tenha potencialmente o candidato, pode resultar de ter um candidato que seja ponto de convergência de um conjunto de partidos da aliança. Então, esse processo tem uma dinâmica muito grande. Nós teremos, naturalmente, um primeiro balanço no final de setembro e outro em maio do próximo ano, às vésperas das convenções municipais”, revelou.

Raul Henry assume presidência do PMDB em Pernambuco

Do Blog da Folha

O vice-governador de Pernambuco, Raul Henry (PMDB), assumiu, neste sábado (18), a presidência estadual da legenda, em convenção realizada na sede da legenda, no bairro do Parnamirim. A eleição, que ocorreu sem tanto alarde, em atenção a Dorany Sampaio que deixa o cargo depois de mais de 25 anos à frente do partido por motivos de saúde e que não esteve presente, foi prestigiada, no entanto, por peemedebistas de diversas regiões do Estado.

Além de Henry para a presidência da sigla, toda a executiva estadual foi eleita em chapa única. O evento, que não contou com discurso ou festa, foi iniciado por volta das 9h e se estendeu até o início da tarde.

Estiveram presentes nomes de peso do partido, a exemplo do deputado federal Jarbas Vasconcelos, os deputados estaduais Ricardo Costa e André Ferreira, o secretário da Juventude da Prefeitura do Recife, Jayme Asfora, o secretário de Segurança Urbana do Recife, Murilo Cavalcanti, a ex-deputada Jacilda Urquiza e sua filha Izabel Urquiza, além do secretário de Habitação do Estado, Marcos Baptista.

“O PMDB vive um novo momento em Pernambuco. Nós participamos de uma aliança muito ampla que governa o Estado e a tendência é que o partido cresça e se fortaleça nesse momento. Nós estamos sendo muito procurados por lideranças do Estado inteiro. Estamos também à busca de lideranças que tenham conosco uma identificação política, tenham admiração pela história que o partido tem aqui no Estado. E a tendência é que a gente se fortaleça daqui até o final de setembro, quando se encerra o prazo de filiações. Agora, queremos que o partido cresça com consistência política, queremos que o partido cresça de maneira criteriosa. Não apenas que cresça de maneira inorgânica, de maneira desorganizada”, afirmou Henry.

FILIADOS

Na página do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) consta que o PMDB, em Pernambuco, tem 51.572 filiados. Esse número pode ser diferente, no entanto, pois a legenda obteve mais filiações. Raul Henry informou, ainda, que vai fazer o levantamento de como está o partido, os diretórios municipais e a questão dos filiados.

Tony Gel participa de convenção do PMDB neste sábado

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O deputado caruaruense chegou acompanhado do ex-governador Jarbas Vasconcelos (Foto: Divulgação)

O deputado estadual Tony Gel participa, neste sábado (18), da Convenção Estadual do PMDB que vai eleger o vice-governador Raul Henry presidente do partido em Pernambuco.

Tony Gel chegou acompanhado do deputado federal Jarbas Vasconcelos. O caruaruense é um dos principais líderes da legenda no Estado.

Cunha, sobre aliança PT-PMDB: ‘Casamento acabou’

PT-PMDB

Durante entrevista coletiva realizada na quarta-feira (15), o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), decretou o rompimento da aliança do PMDB com o PT. Para ele, a relação entre os partidos é igual à de um casamento em que o casal vive em quartos separados. “O casamento acabou”, disse Cunha.

Questionado sobre a possibilidade de uma aliança entre as duas legendas, em 2018, para a disputa presidencial, Cunha foi taxativo. “Se não é de 0% é de 0,001%”, alfinetou. “A aliança com o PT já acabou.”

Na manhã desta quarta-feira, líderes do PMDB e o vice-presidente da República e articulador político do governo, Michel Temer, confirmaram que o partido pretende ter candidato próprio nas eleições presidenciais de 2018. Nas duas últimas eleições, o partido fez aliança com o PT e elegeu o vice-presidente. Como este site mostrou em 24 de junho, o PMDB já se articulava para anunciar candidatura à sucessão da presidenta Dilma Rousseff, movimento em que o atual prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB-RJ) é destacado por líderes do partido.

No entanto, Paes tem índice de reprovação popular ao seu governo próxima da metade do eleitorado. Segundo pesquisa realizada pelo Instituto Paraná Pesquisas divulgada pelo Congresso em Foco, 42,9% cariocas desaprovam a gestão do peemedebista. Outros nomes também apresentam resistências. Cunha não tem apoio do próprio partido e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), não é consenso na sigla.

O presidente da Câmara também afirmou hoje (quarta, 15) que o governo deve ser alvo de pelo menos quatro CPIs no segundo semestre. “É natural que, quando se encerre uma investigação, outra seja iniciada”, disse Cunha. O peemedebista não confirmou quais investigações serão implementadas, mas existe a expectativa de que parlamentares iniciem uma apuração sobre denúncias de irregularidade no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Do Congresso em Foco

PMDB se articula no Sertão do Estado visando 2016

Do Blog da Folha

O vice-governador e futuro presidente estadual do PMDB, Raul Henry, o deputado federal Jarbas Vasconcelos e o deputado estadual Ricardo Costa iniciaram pelo Araripe o esforço de fortalecer o partido em todo o Estado. Durante a passagem na região, houve conversas com lideranças políticas e novas filiações.

“Muita gente reclama que político só aparece nas eleições, por isso viemos aqui bem antes, com mais de um ano de antecedência, para conversar, mostrar nossas propostas e fortalecer o partido com companheiros que queiram construir uma história limpa, com respeito, compromisso e trabalho”, disse Jarbas.

De acordo com Raul Henry, o partido está disposto a se fortalecer com conversas mais aprofundadas. “O PMDB pernambucano vai continuar fazendo uma política transparente e responsável”, relatou.

A primeira parada dos peemedebistas foi em Araripina, onde foram recepcionados pelo vice-prefeito Valmir Lacerda que organizou um jantar na sexta (10). Neste sábado (11), ocorreu uma coletiva do grupo em Ouricuri.

Raul Henry assume o comando do PMDB

Por CAROL BRITO
Da Folha de Pernambuco

Após conversas com as principais lideranças do PMDB, o vice-governador Raul Henry (PMDB) confirmou o consenso em torno do seu nome para assumir a presidência da sigla. A oficialização da nova executiva estadual será no próximo dia 8 de julho.

A convenção será realizada de forma discreta, sem festividades, em respeito ao estado de saúde do atual dirigente da agremiação, Dorany Sampaio, que não deverá comparecer o ato.

Nessa sexta, Henry se reuniu com Dorany e o deputado federal Jarbas Vasconcelos (PMDB). As lideranças concordaram com a indicação do vice-governador ao posto. “Tive duas conversas, com cada um deles. Combinamos data da convenção formal e eles sugeriram meu nome”, confirmou.

Raul Henry fez questão de fazer um gesto para Dorany Sampaio, que se despede da direção estadual após mais de duas décadas no comando da legenda. “É importante destacar que o partido foi a vida dele, por mais de 25 anos. Ele abandonou seu escritório de advocacia para se dedicar à legenda. Ele enfrentou momentos bons e duros, mantendo a coerência política. A história dele é a história do PMDB”, destacou.

Além de Raul Henry na presidência do PMDB, o ex-secretário de Finanças da Prefeitura do Recife Roberto Pandolfi deverá assumir a secretaria-geral da sigla. Já os deputados estaduais da legenda, Ricardo Costa, Tony Gel e André Ferreira, assumem as três vagas de vogais. Apesar de ser a liderança maior do partido, o deputado federal Jarbas Vasconcelos será o quarto vogal.

O Secretário da Juventude da Prefeitura do Recife, Jayme Asfora (PMDB), ficará com a terceira-vice-presidência da legenda.

Dorany Sampaio está há mais de 25 anos à frente do PMDB. Na última eleição interna da legenda, Raul Henry chegou a colocar seu nome para a disputa, mas teve que recuar devido à resistência de Sampaio.

Na época, o desejo de renovação já era majoritário no partido, mas Sampaio se afasta da legenda por decisão pessoal. Recentemente, ele comunicou a decisão ao deputado Jarbas Vasconcelos. Na última quinta-feira, o dirigente confirmou sua escolha de deixar a direção da sigla em entrevista à Folha de Pernambuco.

“Não sei quem assumirá, mas não pretendo disputar a reeleição. Já conversei com Jarbas e comuniquei a decisão. Estou com problemas de saúde e não é justo fazer isso com partido pelo qual dediquei toda a minha trajetória política. Ele tem que ser tocado para frente. Disse para Jarbas cuidar disso”, afirmou Dorany Sampaio. O PMDB passou por momentos de altos e baixos, sob o comando de Sampaio. A legenda alcançou um expressivo crescimento no período da União por Pernambuco e nos governos de Jarbas Vasconcelos. Contudo, a agremiação encolheu, progressivamente, quando Eduardo Campos assumiu o Palácio do Campo das Princesas, em 2007.